Capítulo 35

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>> Helena

Paramos de rir quando escutamos fogos indicando início de invasão e a porta da frente bater com força fazendo a gente levantar rápido.

Eu e o Carioca pegamos a arma da cintura, começamos indo até a porta e me viro apontando a arma, logo abaixo vendo que é a tia Marisa.

Eu- que susto cacete - falo e tiro a faixa que deixo na cintura para colocar no braço assim como o Carioca que joga uma pro Gab fazendo colocar também assim soltando a mão da Isa.

Isa- pra que isso? - da pra ver que ela tá com muito medo.

Gab- para não me confundirem com o morro rival, vou ter que ir lá pra fora.

Carioca- quem tá atacando essa merda? - pergunta no radinho.

MG- o morro da maré, é tiro pra tudo quanto é lado mano.

Helena- vamos logo, tia vai com a Isa pro cofre, tem arma reserva lá se entrar alguém sem ser a gente atira e não saem de lá até chegarmos - Ela assente, dou um beijo em sua testa e na da Isa. Vejo o Gab da um selinho nela, o Carioca joga uma arma pra ele e dou um beijo na sua testa pedindo pra se cuidar, o mesmo com o Carioca só que com um selinho e saímos já atirando. Vai cada um pra um canto.

15 minutos depois.

Eu entro num beco sem saída, por serem muitos homens juntos e só eu contra todos, se eles entrarem aqui eu tô ferrada, de noite fica bem ruim de enxergar nesse beco. Vejo a janela de uma casa estilhaçada no chão e por um instinto pulo a janela entrando na casa.

É um quarto de criança, corro pra sair dali e chegando numa sala tem dois vapor da maré apontando pra cabeça da mulher, ele dispara a arma e eu logo em seguida, deixando os dois cair sem vida. Que merda, cadê a criança? Garanto se os dois cara tão morto e pego a munição e uma das arma maior, guardando a menor na cintura.

Não consegui chegar até a boca pra pegar mais arma e munição, nem colete, então quando posso fico catando dos que estão morto.

O homem e a mulher jogados no chão, vejo a aliança, deve ser os pais, mas não vejo nenhuma criança por aqui. Volto para os corredores e entro nos quarto com cuidado verificando se não tinha mais ninguém, a casa era pequena e simples então não demorou muito até eu entrar no último quarto onde escuto um chorinho abafado vindo de dentro do guarda roupa, abro devagar pra não assustar e vejo o menino, que aparenta ter uns 4 anos com a mão na boca tentando segurar o choro, mas com o rosto todo molhado, tem os olhos puxadinhos. Me abaixo e ele se encolhe.

Eu- oi pequeno - percebo que me olha com medo - não precisa ficar com medo de mim não, olha só - mostro a faixa - a faixa azul é a do nosso morro, a do inimigo é roxa. Eu sou bem próxima do dono daqui e não vou te machucar tá bom?

Xx- minha mãe e meu pai? - pergunta choroso.

Eu- quando eu cheguei - meus olhos começam a marejar - tinha dois cara do rival, não deu tempo de eu impedir eles, desculpa pequeno eles foram lá pro céu. Mas vamos fazer assim, eu cuido de você agora tá? - ele assente - qual seu nome?

Xx- Leon - ele funga limpando o rosto.

Eu- Leon é um nome lindo hein - sorrio pra ele - o meu é Helena, e quantos aninhos tu tem Leon?

Leon- quatro, tu é o que chamam de diabo? - rio e dou uma olhadinha em volta. Ele deve saber disso por eu ter feito uns negócio aqui do lado, porque a maioria não me conhece assim.

Eu- começaram a me chamar assim, sabe porque?

Leon- falam que tu é má as vezes, meus pais falavam que tu podia ter motivo e que já viram tu ser boas com outras pessoas, mesmo falando que tu é boa em machucar também.

Morro Do AlemãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora