Sua Obsessão

Capítulo 16

Assim que entro no quarto encontro a Marie caída e pílulas espalhadas pelo quarto. Corro na sua direção e me abaixo pra checar os batimentos cardíacos dela. Peço pra empregada trazer tiras de pano e ela sai correndo do quarto.

A pego no colo e a levanto. Levando a mesma pra cama, coloco-a com cuidado na cama e começo a tentar reanima-la, vou até o banheiro e pego a caixa de primeiros socorros e volto para o quarto. Ligo o interfone e mando Julie trazer água e sal para cá pra cima.

Tento fazer a Marie cheirar o álcool, mas ela continua igual.

- Você não vai morrer, querida. Eu não deixo.

Alguns minutos depois ela chega com o que pedi. Pego as tiras e amarro no lugar exato onde a pulsação sanguínea tá parando. Faço ela cheiraro álcool mais uma vez e ela reage, dou a água com sal pra ela e a coloca na posição certa para vomitar.

É quando ela coloca os medicamentos todos pra fora. Tudo vai saindo até que ela termina e volta a ficar calada. Retiro ela dá cama suja e a levo para o quarto mais próximo do nosso, entro com ela no cômodo e a carrego até o banheiro.

Faço ela se sentar no vaso sanitário e pego pra ela uma escova nova para escovar os dentes. Depois de escovar tiro a escova dela e a ajeito na banheira e coloco a água para cair. Minutos depois a banheira já está cheia e começo a dar banho na Marie, retiro as faixas e a sua roupa.

Seus batimentos ainda estão fracos, mas nada que a comprometa. Ela não luta, fica parada olhando para a parede. Quando termino a levo de volta para o quarto e peço a empregada que traga uma sopa para ela. Sento na cama e a trago para junto de mim. Ela no início fica rígida, mas depois se acalma.

- Você não vai falar nada?

- Você vai querida? - Ela volta a se calar e eu continuo. - Nunca mais faça isso querida. Não tente tirar sua vida outra vez, por que eu não vou permitir.

É então que ela faz a coisa que menos poderia esperar dela.

S

uicídio. Algo em que eu nunca tinha pensado, não precisava. Eu tinha um pai terapeuta. Isso mesmo, eu tinha. Por Que aquele que se diz meu marido o matou. Sem piedade. Mas agora não tenho, não tenho pai, não tenho família, não tenho minha casa e nem a minha vida.