Capítulo 22

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Natasha Pushkin

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Natasha Pushkin.

Três anos nesse inferno, casada com esse velho babão e asqueroso. Aff. O que eu não faço para ter o meu lugar naquela máfia. Não vejo a hora de poder matar Ivan Bugorski.

Desde muito nova fui treinada para me livrar de homens perigosos, quando fui contactada para matar o líder dos Bratva. Não contava com o fato de que ele pareceria desesperado por sexo, eu nem precisei fazer muito com relação a isso. O problema todo foi o tempo, são anos tentando pegá-lo, mas eu não podia só aparecer para ele e meter uma bala na sua cabeça. Por isso, me casei com esse velho, que apesar de tudo tem um alto cargo na máfia.

E então eu só precisava conquistar o meu espaço, me fiz de boa esposa e esperei o momento certo, claro que quem me contratou não gostou nada dessa demora, mas valerá a pena.

Quando eu o vi no cassino quase dei pulos de alegria com isso. Pela primeira vez eu pude de fato falar com ele, o seduzi e o levei pra cama. Pena que o remorso pela esposa nova não deixou ele voltar, se não, já teria conseguido isso. Depois ele se mandou para aquela casa isolada e quase ninguém tem a chance de entrar lá.

E então veio a guerra entre as máfias, cada uma lutando pelo seu poderio, cada um querendo comer um pedaço de terra do outro. Eu poderia desejar que ele morresse lá mesmo, mas não vale a pena. Quero ser paga pelo meu serviço bem feito, e não que outra pessoa faça isso.

A cosa nostra vai me recompensar por isso, vão me dar um cargo entre eles e vou deixar de ser uma égua reprodutora pra eles e virar uma mulher de respeito. Eu só preciso fazer essa última missão.

Olho para o quarto, pelo menos estou sozinha hoje. O Boris não está aqui, foi pra uma reunião de negócios na sua empresa. Levanto da cama e vou em direção ao banheiro. Começo minha rotina matinal e depois vou para o closet pegar uma roupa ousada, preciso estar sempre bem vestida. Aqui eu sou só A mulher que posou nua e saiu nas capas de revistas. Tive que fazer esse esforço para conseguir me infiltrar na máfia. Saio do closet e vou para a penteadeira. Meus cabelos estão pretos, um dia eles foram loiros. Mas até isso tive que mudar. Não podia ser reconhecida por ninguém, tive que mexer até no meu rosto. Pelo menos não tiraram o meu nome.

Lembro de quando fui contactada para essa missão. Estava no meu apartamento na Sicília quando recebi um comunicado por e-mail de que queriam que eu fizesse um trabalho grande. No início não houve surpresa, eu já havia feito alguns trabalhos grandes, até da eliminação de um presidente eu participei, a mafia nunca aprovou a minha conduta com relação à isso,  sempre acharam que o meu lugar era atrás do meu marido.

Mas essa não era a vida que eu queria para mim. Me sentei no sofá e respondi o e-mail pedindo mais instruções. Enquanto a resposta não vinha, fui atéa cafeteira e me servir de uma boa xícara do mesmo.

Ouvi o meu notebook apitar, indicando que havia chegado uma mensagem. Peguei a minha xícara e voltei até onde ele estava, quem quer que estivesse do outro lado era rápido e estava com pressa. O e-mail pedia um encontro, dizia que o que tinha que ser dito tinha quer ser dito pessoalmente. E também dizia o valor da missão. 5 milhões de euros. Pensei sobre toda aquela quantia e vi que o valor era muito alto até mesmo para a morte de um presidente, então quem eu teria que matar.

Sua ObsessãoWhere stories live. Discover now