Sua Obsessão

Capítulo 17

Marie Bugorski.

— Ele mandou o que?! — Eu não acredito, ele quer que eu ceda, quer que eu fraqueje, mas Ivan não vai conseguir. Me obrigar a ser responsável pela casa não vai me desanimar. Olho para a cozinheira que está na porta ainda e pergunto: — O que ele come sempre?

— Ele não fica muito aqui, mas ele não reclama muito do frango à Kiev.

— Ótimo, então faça isso.

Ia fechando a porta quando ela voltou a falar?

— E de acompanhamento, senhora Bugorski?

Respirei com mais calma e pensei, vou ter que dar um jeito nisso o mais breve possível, talvez com o meu celular eu seja capaz de acertar alguma coisa, ou a Julie pode me ajudar. O russo não é meu idioma, e eu mal sei falar algumas pequenas frases.

— Faça algo Simples, arroz e salada. Um purê se possível. Acho que deve ser suficiente.

— Como quiser Senhora Bugorski.

— Obrigada. 

Dou um pequeno sorrisinho e fecho a porta, volto para a cama e me jogo nela.
O que mais esse infeliz vai fazer?! A exatos três dias que ele faz isso, me pede coisas ridículas, como colocar a sua gravata, pegar a suas meias e ainda faz pior, anda nu pelo quarto.

Ontem pela manhã me fez ir levar uma toalha para ele na piscina interna da casa e quando eu cheguei ele estava nu. Me fazendo ter que olhá-lo. Eu já entendi o jogo dele, mas não vou deixar ele ganhar. Me levanto da cama pronta para ir procurar a Julie. Vou mostrar pra ele que sou mais forte do que o que ele pensa. Vou até o espelho e arrumo os meus cabelos, não me conformo. Minha vida acabou, aquele monstro a destruiu. Não tenho mais vontade de me cuidar, talvez,  eu deva ficar horrenda e talvez então ele me deixe.

Isso é impossível. Aff. Saiu do quarto e vou em direção as escadas, podia ter ido de elevador, mas eu não conheço quase nada dessa casa e quero saber tudo o que for possível dos cômodos. Já olhei alguns quartos luxuosos que tem aqui, visitei a cozinha também e a piscina interna, fora o jardim. Julie me disse que logo em breve o jardim irá ficar encoberto de neve.

O inverno está se aproximando. Vou descendo as escadas até chegar ao vão. Olho para o lado esquerdo que me leva a cozinha, e depois para o direito que me leva até o escritório do meu marido. Ele me disse que eu poderia andar pra onde eu quisesse na casa, mas que lá não era pra eu ir.

Não faço nem questão. Já basta ter que vê-lo andando pelo meu quarto. Caminho em direção a cozinha e assim que entro todos abaixam a cabeça, mesmo eu já tendo pedido para que parassem com isso. Chamo a Julie e me indicam que ela está no jardim. Passo pela porta dos fundos e vou em direção até lá, a encontro arrancando alguns legumes da horta.

— Julie? — a chamo e ela logo olha na minha direção.

— Precisa de ajuda, senhora?

Pergunta já se levantando, antes dela se levantar por completo, falo: