Capítulo 20

8.8K 612 125
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Marie Bugorski.

2 meses depois.

A convivência era suportável. Nem sempre bringavamos, mas também não era um mar de rosas. Ivan conseguia ser imprevisível em tudo, no mesmo momento em que parecia estar tudo perfeito ele reclama de alguma coisa.

Não desisti do meu plano, mesmo estando bem com ele sei que esse não é o meu lugar, eu só preciso do momento certo. A um mês atrás pedi ajuda a ele para aprender a manusear uma arma, volto no tempo e lembro.

— Arma? — ele larga o garfo no prato e me olha, a tenção entre nós dois se estabeleceu na mesma hora. Ainda olhando pra mim ele volta a perguntar — Para que você precisa de uma arma, Marie?

— Ora, pra me defender.

Peguei o meu garfo e continuei comendo a minha lasanha, eu precisava mostrar calma, pra que ele não percebesse nada de suspeito. Pra minha sorte ele não deu muita importância ao assunto.

— Muito bem. Talvez seja bom você ter aulas de autodefesa.

— Obrigada Ivan. Você pode liberar algum dos seus guardas pra...

— Não! E se eu ver você com um deles eu mato ele e depois você.

— Eu Só sugeri...

— Então não sugira, se você quer ser treinada eu vou treinar você.

— ok.

Voltamos a comer em silêncio, só o som dos nossos talheres batendo contra a louça, quando acabamos ele me levou para o quarto e transamos loucamente.

Volto no tempo, e vou ver o jardim daqui de cima, a sala de lazer ainda ocios a maior parte do meu tempo na casa, como não tenho nada pra fazer na casa fico aqui pintando, esse mês comecei uma pintura, tá quase acabada. Tenho facilidade em desenho pela minha formação, sempre gostei de desenhar e a pintura de telas tá se tornando cada dia mais um hobby.

O jardim lá fora agora é gelo, todas as lareiras estão acesas, e os casacos em uso. O inverno russo é cruel, encobrindo tudo o que vê pela frente, e me mantendo refém outra vez.

A minha não gravidez anda irritando Ivan, mais do que tudo, todos os dias ele me diz a mesma coisa e sempre que pode tá em cima de mim, tentando mais uma vez. A duas semanas atrás ele teve um ataque de surto, tudo por que eu disse que ele poderia ser o problema de eu ainda não ter conseguido.

Eu não quero ter um filho com o Ivan, eu odeio a ideia de ter que ter um filho dele, um laço com ele, um vínculo. Não quero deixar uma criança nesse mundo, nesse mundo podre que ele insisti em chamar de império. Saio de perto da janela e vou em direção a saída, entro no elevador e aperto o botão que vai ao primeiro andar da casa.

Sua ObsessãoOnde histórias criam vida. Descubra agora