Epílogo

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5 anos depois

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5 anos depois. 

Meus filhos correm pelo jardim aproveitando o verão da Rússia. Viktor está sentado observando a irmã Sasha de 2 anos e o irmão Yan de 4 anos correndo pelo quintal com a Anna, a filha da Kira. Me aproximo dele e me sento ao seu lado.

— Não quer brincar querido?

— Por que só elas tem cabelos ruivos?

— Algo que você não ouviu falar ainda, Genética. Por alguma razão sua irmã e sua prima conseguiram sair com os cabelos ruivos.

— O meu irmão é loiro, como você mãe?

— É, ele é. — respondo sem entender onde ele pretende chegar com as perguntas. — Mas você é igual a seu pai. Igualzinho, mesmos olhos, mesmos cabelos, o jeito de ser.

— Ele me disse que em breve eu vou poder acompanhá-lo, mas que agora não posso.

— Não, não pode. Eu não quero isso pra você meu amor. Você é uma criança ainda devia estar brincando com eles. — Falo exasperada, de novo essa conversa, parece que essa história anda me perseguindo.

— Eu não quero isso mãe. Quero ser como o meu pai. Eu já sou tão parecido com ele. Faz ele me levar, só você consegue.

Fecho os meus olhos tentando evitar uma possível dor de cabeça. 

— Está bem, eu falo com o seu pai se você ir brincar agora. Pode ser?

Ele sorri pra mim e começa a se levantar

— Pode sim. Te amo, mãe.
— Também te amo, Viktor.

Vejo eles brincarem até cansar, no final do dia os levo para tomar banho e jantar. Minha mãe me ajuda com isso, apesar de conviver por tolerância com o Ivan, ela ama os netos e faz de tudo para arrancar sorrisos deles. Nunca questionou as minhas atitudes, apesar de eu saber que ela desaprova. Quem não faria?

Viktor e Yan tem o mesmo quarto, mas a minha princesa ruiva tem um só pra ela, que faz questão de dividir com a Anna toda vez em que ela vem passar o fim de semana aqui, e apesar dela também ter um quarto.

Depois que os quatro já estão prontos pra dormir eu subo para o meu quarto, onde encontro o meu marido já na cama.

— Achei que eles não iriam te devolver pra mim nunca mais.

— O Viktor me disse algumas coisas hoje.

Ele arqueia uma sobrancelha e fala:

— O que ele queria?

Caminho até a cama e me sento nela.

— Ele quer ir com você. Eu não sei mais o que fazer pra contê-lo. Não tem um dia que ele não toca nesse assunto.

— Mas ele não vai, não agora.

— E eu não quero que ele vá. Mas ele tem o dom de fazer você seder por insistência. — olho pra ele que continua me encarando. — Eu tive que prometer que falaria com você pra conseguir fazer com que ele brincasse como uma criança normal.

— Entendi. Agora vem aqui. Quero você.

Olho pra ele irritada

— Você entende que o que eu estou falando é...

Dou um grito assustado quando ele me deita na cama com um puxão. Ele sobe em cima do meu corpo, assim que estamos sem roupas e pede o que ele tem pedido todos os dias nos últimos anos.

— Diz que me ama, diz.

Balanço a cabeça em sinal de negação.

— Não me importa. Um dia você irá dizer, enquanto isso...

Elle olha nos meus olhos e me penetra em uma investida única.

Eu ainda não posso dizer que o amo. Não mesmo. Apesar da nossa convivência ser ótima eu ainda não sou capaz de lembrar de tudo sem rancor.

Assim que acabamos, eu visto um roupão e subo pra minha sala particular. Tiro um pano de uma das telas e volto a pintar. Desde que Sasha nasceu, eu decidi que queria mostrar a minhas obras para o mundo. E apesar de Ivan não ter concordado no início ele acabou cedendo. Tenho que pintar mais alguns para uma exposição que acontecerá no próximo outono. Passo a maior parte da noite pintando e de madrugada eu desço para ver se os meus filhos estão bem. Anna e Sasha dormem tranquilamente no quarto e na porta de frente para o quarto delas, Viktor dorme sozinho, Yan já fugiu da cama outra vez.

Volto para o meu quarto e encontro ele dormindo próximo ao pai. Me aninho perto deles e fecho os meus olhos também.

Sua ObsessãoWhere stories live. Discover now