A Noiva Do Rei (O Filho Do Alfa)

Capítulo 12

Capítulo 12

Eu Suspirei, nervosa. Sentada na cama do lobo eu enrosque uma mecha do cabelo nos dedos, imersa em pensamentos.
O desgraçado idiota havia saido para fazer algo importante, em que sinceramente, eu não tinha o menor interesse em saber, quem em plena núpcias deixa a esposa sozinha? Não era nada do que eu imaginava que seria o meu casamento ou meu marido, mas o que esperar desse bárbaro selvagem?
Além disso, era melhor assim, não era como se fosse um casamento real, ou que eu esperasse algo daquele lobo.

A distância parecia mais seguro contra ele de qualquer forma.

Eu grunhi com raiva, me espreguiçando para tirar a tensão dos ombros, em vez de vagar pela enorme casa do lobisomem, eu preferi me manter no quarto em que acordara, depois de fecharmos o contrato, afinal eu não queria um encontro ruim com algum membro problemático da matilha do Supremo, principalmente porque fazia tempos em que eu não bebia sangue, e não estava plena, e é claro, graça a deusa, eu não fora manchada enquanto estava inconsciente o que por consequência o cheiro do lobo não estava impregnado em mim, então para ser confundida com uma intrusa seria muito fácil, fácil e uma desculpa perfeita para uma alcatéia que odeia vampiros.

Desgraçados.

O pior de tudo era ainda sentir pequenos resquícios da dor de usar o poder Vital, que na maioria das vezes vem acompanhado por dor, uma necessidade gigantesca de hibernar, fome constante e as vezes até alucinações, coisas que se confundiam com a realidade.

Ao menos era uma das teorias. A outra era de que quando o vampiro em questão, sacrificasse sua vida por mais poder, a parte de sua força vital pedida se embarasava  com os fios do destino. Tecnicamente, a vida não existia sem o destino e virce e versa. Era por isso que a magia negra e magia dos mortos podiam fazer coisas terríveis que iam do contrário a própria natureza, já que ela ignorava o poder do destino e da vida. O que significava que as tais e horríveis alucinações podiam ao menos em teoria ver parte do destino. Não que isso importasse, da última vez em que ficara em  tal estado, eu tive tantas imagens desconexas que não fariam diferença em chamar de alucinação de uma louca qualquer, do que outra coisa.

Eu grunhi, entediada.

Ficar enfurnada no quarto, depois de ficar tanto tempo presa na caverna escura, nao é tao ruim... O cômodo parecia mais uma espécie de paraíso do que qualquer outra coisa, todo em madeiras acizentadas e os tons neutros de verde, a coisa mais luxuosa que já vi, pelo menos no mundo mortal, era incomparável ao palácio, mas eu estava aceitando qualquer coisa, inclusive eu duvidava que o paraíso aceitasse minha alma manchada, ou mesmo que "o tal lugar glorioso"se pareceria em qualquer aspecto com a mansão, nunca é bom perder as esperanças não é?

Outro motivo, era que eu precisava me estabilizar, por algum motivo o lobo me deixava sem equilíbrio, confusa, perdida em questionamentos e sentimentos desconhecidos, como se estar ao redor dele me fizesse perder minhas capacidades cerebrais, me deixando estranha. O que ele era no fim das contas?

Porque ele me afetava? Era por causa de algum feitiço? talvez o uso de algum tipo de hormônio para me tirar a sanidade? Ou eu simplesmente não estava percebendo que estava perdendo toda a minha capacidade cognitiva, me tornando uma tola no processo?

Eu não podia absolutamente continuar assim, precisava tirar esse cão sarnento da minha cabeça e focar na minha missão, que no momento se baseava em reaver meu trono e minha dignidade, e matar meu irmão estupido...
Eu apertei em um ponto dolorido da minhas tempora, tentando ignorar a dor de cabeça, eu sabia... E Aqui estava o terceiro motivo, eu pareceria uma drogada em ópio, confusa e desorientada a qualquer momento, o que me fazia me sentir satisfeita de certa forma em saber que o lobo não estaria aqui para ver um episódio lamentável de sonhos terríveis e muitas vezes, pesadelos reais de mais para que eu não tivesse medo.