Capítulo 7

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Capítulo 7

Eu rangi os dentes, me impedindo de rosnar de raiva, quando o Lincon brincou com a corrente conectada a coleira no meu pescoço, a remexendo entre os dedos, me olhando como se eu fosse algum tipo de animalzinho de estimação exótico que ele adiquirira e estava interessado.

Aquilo era algum tipo de romamce gótico? Provavelmente feito por algum autor com sérios problemas pisicologicos e com um senso de humor simplesmente horrível?
Não era possível... Era minha vida.
Então porque derepente eu era a encarnação viva de uma pobre e desesperançada protagonista, nas mãos de um vilão cruel? Pelo criador, onde estava meu salvador montado em um cavalo branco?

- Você... Você pode por favor parar com isso? - Perguntei, reprimindo a vontade de tremer na frente do lobo, sentindo o por favor amargar na minha boca como se eu comesse fel puro. Eu não pude deixar de estremecer quando vi uma pontada de malícia e diversão em seus olhos quase inespresivos. O maldito estava gostando de me atormentar?!

- Fazer o quê? Isso? - Ele sorriu, puxando a coleira  fazendo minha cabeça de novo, se fixar nele, como uma cachora bem treinada. Travei o maxilar com ódio, eu não ia dar esse gostinho para o lobisomem, nem mesmo um som de desagrado sairia da minha boca, eu conhecia muitos maníacos na minha vida, sabia quão louco um poderia ser, meu ultraje só iria incentivalo ainda mais.
Ele soltou um riso malicioso, antes de pegar uma mecha do meu cabelo e olhar interessado, como se avaliasse a qualidade de sua mais nova aquisição. - Você parece uma Cyanopsita...

- hum... O quê? - Franzi a testa, confusa. Merda, pelos minutos que passei com esse cara já me garantia uns cinquenta anos de rugas na cara, só pelos momentos confusos e frustrantes, claro, se isso fosse mesmo possível.

- O que uma mulher como você iria querer com um simples lobo? - Ele ainda brincava com a mecha do meu cabelo, claramente não se importando em responde minha pergunta. - Não se vê uma humana cheirando a raça vampira se quebrando sobre uma árvore todos os dias. - Ele me olhou com os cantos de olhos como se para avaliar minha reação. - Supondo que pela sua velocidade, e sua recuperação e cura, imagino que você não é muito humana, então o que você é? O que quer comigo? E por que você... - o Lincon se interrompeu, como se quase falasse algo que não queria. Ou não deveria. Ele lentamente deixou a mecha do meu cabelo cair de sua mão,de volta sobre meu rosto, seu olhar por um momento parecia quase atordoado.

Eu suspirei, e franzi a testa indecisa, eu chegara em um momento crucial... Como exatamente eu iria sondar o meu futuro ou não, noivo, sobre o fato de eu ser tecnicamente a futura esposa dele? Havia questões ainda mais profundas, por exemplo, lobos podiam ser bestiais quando instigados por seu instinto de predador, ser uma pobre coitada ou melhor, uma presa não me levaria a um futuro brilhante, eu não podia garantir que os lobos poderiam deixar minha cabeça ou meu coração no mesmo lugar, e mostrar algum tipo de fraqueza ou desespero seria a mesma coisa que assinar minha sentença de morte. O rei lobo claramente não era um tolo, eu deveria tentar cair nas graças dele aos poucos, embora sua aparente personalidade sadomasoquista me fizesse o temer, não era como se eu tivesse muito a perder por ora.

Talvez, eu até precisasse o seduzir...

Senti um rubor repentino surgir no meu rosto com o pensamento, eu estava pensando como uma meretriz? SANTO DRÁCULA! Mesmo que eu tivesse coragem, duvidava seriamente que saberia como fazer alguma coisa, além de ficar parada como uma estátua.

O Lincon me deu um sorriso estranho, notando meu rosto vermelho e envergonhado, ele apertou a corrente da coleira em suas mãos, ainda me obrigando de joelhos, a encaralo.
- Você, gosta desse tipo de coisa? - A voz do lobo saiu estranhamente abafada, como se ele estivesse surpreso e... Empolgado?

A Noiva Do Rei  (O Filho Do Alfa)Where stories live. Discover now