Capítulo 21

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Capítulo 21

Eu pisquei surpresa, indecisa com meus próprios sentimentos e desejos. Ao mesmo tempo em que eu queria socar a criatura mística possuindo meu "marido" no rosto, meu corpo ainda sentia atração pela forma forte do homem e eu não queria exatamente estragar o rosto do cara em que eu estava casada em um matrimônio falso. Engoli em seco me mantendo imóvel, sentindo os lábios quentes do rei lobo me despertando arrepios, mesmo que eu soubesse que não era realmente ele, me deixando indecisa sem saber qual decisão tomar, e se eu não soubesse o que fazer, eu simplesmente não faria nada. Seria mais seguro assim.

Nos poucos segundos que os lábios tentadores e macios dele estavam sob a posse de Fenrir, lidando  com o corpo másculo e rígido do Lincoln, me mantive imóvel, ainda presa em seus braços. Meu coração perdeu uma batida, me deixando tensa, olhei com os olhos arregalados os  a intenção de matar que escapava em ondas de Gaara, lentamente tentei sem muito sucesso sair do aperto estreito do lobisomem, lutando com a vontade repentina de fugir desenfreadamente da  situação caminhando para um caminho homicida, que nem eu que estava consciente não saberia explicar.

Era essa a reação que Fenrir queria? Ser morta pelo meu falso marido? Porquê pela intenção de matar dirigida a todos e a qualquer um, eu seria a primeira vítima de um rei lobo furioso.

Encarei com medo os olhos do lobisomem, percebendo a sua mudança de sua postura entre fera e homem, seus olhos mudando como um caleidoscópio, rapidamente entre o vermelho quase escaldante, para um alaranjado intenso e por último, para um azul vívido e brilhante que deixava tudo à mostra. Como que se preso em um feitiço de lentidão, observei com certo espanto e fascínio o rosto do Lincoln assumir um ar de confusão, incredulidade e raiva, se recompondo  rapidamente ao encontrar meu olhar paralisado ainda presa  em seus braços, lutando fracamente com minha vontade de escapar da fúria quase cega em seu rosto coisa que particularmente não me assustou tanto depois de ter presenciado a vontade assassina de Fenrir.

Como se zombando da minha tentativa patética de escapar, o homem agarrou minhas duas mãos sobre a sua,  me fazendo andar vagarosamente para trás até me encostar no batente da porta do escritório, prendendo minhas mãos sobre a cabeça. Senti meu rosto corar com força, todo o sangue do meu corpo se dividindo em dois locais específicos do meu corpo. E sentindo o cheiro que meu corpo exalava em ondas curtas, com a habilidade do lobo em me deixar presa a ele, hô deusa, por favor… Não….
Eu estava… Eu estava exalando excitação? Esse maldito estava me tornando uma devassa? Eu estava feliz com essa humilhação? Que feitiço maligno era esse? Papai cometeria seppuku se me visse nessa situação.

O homem loiro, me avaliou de cima, com sua altura injusta, seus olhos gelados me fazendo tremer não só pelas suas atitudes como as minhas também, e dessa vez, eu não teria o Calor como desculpa se nosso casamento fosse consumado.

-Você… Você seu… Maldito, o que pensa que está fazendo? - Tentei me mexer, para tentar me afastar do corpo tentador que  me pressionava contra a porta. Um som gutural  saiu do peito do louco, enquanto ele me mantinha impossibilitada de me mover, ele estava rindo, um riso malvado, que quase me fez perder meu controle motor.

Seu rosto abaixou em direção a minha boca como se fosse me beijar, me deixando com uma sensação de injustiça quando ele passou direto pela meus lábios e parou o rosto sobre a minha garganta, me fazendo engolir em seco quando uma parte da sua respiração fez cócegas na marca ainda recente no meu ombro.

A voz do lobo saiu suave, não deixando dúvidas de que eu estava lidando com um Lincoln muito sério, nada como o cara irritante de sempre.

-Não posso tirar os olhos de você que você se atira em outro? É isso mesmo querida? - O homem vagarosamente lambeu minha garganta, como se degustasse de uma refeição de luxo. - Quem te deu autorização para sair dos nossos aposentos? Ainda mais com uma camisa minha que não esconde nada? - Sua mão com a velocidade de uma víbora, bateu com força na minha bunda, enviando uma vibração pelo meu corpo me obrigando a soltar um gritinho de susto. - Espero que esteja pensando em uma forma de me responder... Pois nesse momento quero passar por cima de todos que te viram assim e arrancar os olhos de cada um. - Ele soltou um suspiro fundo, como se estivesse se embriagando no meu cheiro. - Oh porra, eu posso tentar manter minha palavra de só te tocar com sua autorização, mas desse jeito você não facilita pra mim! Mas que esposa malvada eu tenho...   

A Noiva Do Rei  (O Filho Do Alfa)Where stories live. Discover now