Capítulo 15

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Capítulo 15

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O cerne para que eu pudesse enteder a quantidade de confusão em minha mente poderia ser explicada começando entre entender o que aconteceu entre mim e Lincoln.

Era verdade que essa questão estava ficando perigosamente problemática e saturada... A única verdade que eu tinha certeza, era que meu mundo estava virando de cabeça para baixo e que eu estava no mesmo nível de um vidente que não entendia suas próprias visões... era quase como se eu pudesse tocar as respostas para todas as minhas perguntas com as mãos, mas quando eu finalmente começava a supor o que estava entendendo, todo o meu foco mudava para o seu corpo grande e... E duro, tão moreno e quente... E... E....
Santo  Drácula eu já me perdi de novo... Nem me lembrava mais por qual rumo estava pensando.

Diabos, era o mesmo que ficar em um loop temporal dentro do meu próprio cérebro, assim como daquela vez em que estava relembrando cenas no meu sono, ainda amaldiçoada, com a diferença de gostar do que lembrava dessa vez.
Pela noite eterna, qualquer ser superior, por favor me conceda alguma misericórdia.... Não, não e NÃO!  Por mais que eu tentasse negar, o meu corpo se revelava por si só, praticamente gritando aos berros o quanto eu  gostei do contato, e.... Isso não podia acontecer, e não poderia continuar. Mas como faz para odiar algo que você sente desejo e quer mais?

Eu desconfiava que mesmo que eu tivesse cinco mil anos não entenderia o que se passava com meu corpo e com minha mente. Era uma batalha total entre a razão e bem... o desejo carnal.
Para ser bem clara foi confuso, constrangedor, quente, e meio... Meio viciante. Eu não sabia que havia no lobisomem para me deixar tão desesperada como uma viciada em ópio. Senti meu rosto subitamente esquentar, com o pensamento do corpo grande do homem me dominando, ou de sua mão grande e quente me segurando com firmeza.

Era isso que chamavam de... Luxúria? Ou algo muito, muito pior?

Eu duvidava que algum dia chegasse a algum lugar com essa discussão interna, me parecia estar fadada a nunca entender... Respirei fundo, me arrependo imediatamente ao sentir o leve cheiro do lobo no quarto, me fazendo vergonhosamente me sentir inquieta. Apertei as pernas com força, quase com um horror apavorante. O que havia entre mim e o lobo? Pela noite... Isso é muito ruim..

Era isso que chamavam de alma gêmea? Amor a primeira vista? Isso era mesmo Amor? Ou apenas uma parte devasta minha que eu desconhecia e que o lobo trouxera a tona?

Não conseguia chegar a lugar nenhum, por um motivo muito simples.... Dizem que os vampiros não tem alma, e bem, o que eu deveria pensar então? Como eu explicaria toda essa maldita atração pelo "quatro patas" se eu tecnicamente não tenho alma, e portanto tecnicamente as emoções são mais moderadas... Mas isso não era exatamente moderado, estava mais perto do desespero frenético. Então...  Porque eu me sentiria tão quente, que não seria surpresa se eu me derretesse em uma poça fumegante de lava?
Isso era mesmo possível? Com um estranho ainda? Verdade seja dita, eu não conhecia o lobo o suficiente para verdadeiramente me sentir atraída por ele.

Quero dizer... Em alguns antigos costumes, a alma é a parte que sente emoções, raciocina e tem vontade.... É a criatividade, a inteligência, as emoções, as decisões, tudo que torna a vida mais que um conjunto de processos automáticos que seria é claro, função da alma. Muitos dos teóricos vampiros até consideram que os vampiros não tem alma, que não podemos entrar no ciclo de rencarnação como um humano simples, não podemos amar ou ter paixões passageiras como um também, só algo que beirava a obsessão.

E onde exatamente eu deveria me encaixar? Eu devo amar como uma humana? Eu teria minha "cara metade" Já que não fui transformada, mas nasci assim? Ou eu devo amar obssesivamente como um vampiro?

A Noiva Do Rei  (O Filho Do Alfa)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ