Capítulo 16

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Capítulo 16



Mordi os lábios, sentindo minhas presas furarem a pele frágil e um pouco ressecada da minha boca. Se eu não fosse uma meia vampira e até onde eu soubesse, fosse biologicamente impossível que eu tivesse um ataque de ansiedade, eu diria que estava tendo um nesse exato minuto, pois meu coração estava acelerado, minha respiração entrecortada, minhas mãos suando, minha cabeça girando, tudo isso de simplesmente olhar o sorriso perverso do lobisomem, enquanto ele inclinava levemente a cabeça, expondo seu delgado pescoço, deliciosamente bronzeado, disponível para que eu me banqueteasse a vontade.
Pela noite, o que esse filho da puta estava tramando?!
Que lady Noite, permita que seja por causa de uma doença e não porque esse maldito do meu marido estava mexendo comigo.
Porque esse desgraçado ficava tâo bonito com esse maldito jeito malvado? Eu devo me preocupar pelo tipo de cara que eu provavelmente estava tendo uma baita queda?
Pelo criador, ele era a porra de um lobisomen!
De jeito nenhum eu devia me sentir tão inquieta por um canino!

- O que foi? Faz parte da sua refeição apreciar a comida do dia? - O lobo sorriu largamente, com um olhar malicioso. - Me sinto intimidado com esse seu olhar.... faminto... Se continuar assim, não serei eu a refeição. - Seu sorriso foi se alargando até as fileiras brancas como marfim estarem quase todas expostas, evidenciando seu olhar malicioso. - Me sinto tímido com esses olhos tentadores implorando por mim. - Mais rápido que um raio, os braços do homem circularam minha cintura me puxando para mais perto do seu peito duro, soltei um ofegar surpreso de me ver quase presa pelo alfa. Seus olhos se fixaram nos meus, me fazendo engolir em seco pela intensidade da situação. - Na verdade, se você se alimentar assim toda vez, eu posso não gostar disso.... Vou me sentir ciumento.

Engoli em seco mais uma vez sentindo o cheiro do homem quase como um soco no estômago me atordoando, sua veia pulsante me seduzindo de uma forma ritmada e convidativa, praticamente me implorando para afundar meus dentes naquele X imaginário.

- N... Não é assim, Não normalmente. - Gaguejei, me sentindo perturbadoramente quente e envergonhada por ter sido pega o observando. Minhas antigas refeições definitivamente não eram desse jeito... Eram mais o tipo de massacre de um Serial Killer com corpos sem vida pelo cômodo, e não um que parecia mais algum tipo de acasalamento sedutor, preparado para um voyeur experiente.

Tomando coragem, aproximei minha boca do seu pescoço e numa tentativa frustrada de ser delicada, sem usar os dentes que estavam extremamente finos e afiados, chupei forte o lugar desejado como que demarcando o território escolhido, o lobo soltou um grunhido surpreso, embora não tenha dito nada após o chupão que na minha mente estava chamativo e grotesco, mas que com o passar dos centésimos ia clareando e sumindo me deixando sem lugar para furar, lambi  a área avermelhada com a ponta da língua fazendo o homem arfar, apertando mais as mãos em minha cintura, seus dedos longos  cravando em minha pele quase dolorosamente.

Essa situação estava chegando num nível de intimidade que se comparava  aos  vampiros que iriam copular com suas vítimas e não queriam dar dor a elas, só... Prazer... Engoli em seco, diante da reação do lobo. Eu não me importava se ele sentiria dor ao me alimentar dele, mas, acontece que o contrato mágico me impedia de causar dano diretamente ao meu "marido" e o único jeito de não machucar minha "presa" era assim… Uma espécie de preliminar estranha.

Seu pomo de Adão subiu e desceu, mostrando que ele havia engolido em seco. O cheiro do homem me envolveu ainda mais por estar perto dele, era algo viciante, mas estranhamente sedutor e rústico, uma mistura de pinheiros, com gim e uma pitada de pimenta dedo de moça. Uma mistura tropical e exótica. Não aguentando e quase salivando para provar do alfa, afundei minhas presas no local que eu já havia demarcado, sentindo minhas presas em sua pele firme, porém macia. O Lincoln soltou um gemido, muito longe da dor que uma presa comum teria, sua  suculência invadindo minha boca, a resistência do colágeno não foi um impedimento, já que foi sendo rasgada à medida que minhas presas cravaram ainda mais em seu pescoço. Um choramingo me escapou, ao eu sentir sua pele rasgada, uma mistura perfeita entre êxtase e agonia, nenhuma das minhas antigas presas poderiam se comparar, de um humano a um simples cervo. O lobo era  algo literalmente colocado na medida certa para mim, junto com meu suspiro de satisfação veio um sonoro e palpável rosnado saindo de dentro das entranhas do meu alimento, para outra pessoa poderia ser assustador e até autoritário, mas para mim estava mais para o ronronar de um gato ao ser acariciado. Uma comparação com certeza estranha, mas factível.
Envolvi minhas pernas ao redor da cintura do lobisomem o impedindo de se mover, tão próxima do Lincoln que nossos suores se misturavam, soltei um grunhido involuntário ao sentir os dedos forte do alfa descerem da minha cintura e afundarem em minhas nádegas com força, me fazendo quase engasgar com o sangue. Ainda encaixada na curva do pescoço do homem, eu o olhei com os cantos dos olhos, observando o maxilar trincado do lobo, sua  expressão em uma mistura de sentimentos indecifráveis… Mas, não era exatamente algo ruim, não… Pois o cheiro de excitação e feromônios começou a nos rodear, me deixando inquieta agarrada ao homem, pois eu podia senti-lo crescer abaixo de mim, me deixando tensa por um momento.
Eu sabia que a marca de um vampiro poderia ser prazerosa para a vítima… Mas que diabos? Eu me remexii entre as goladas do sangue do Lincoln, ficando desconfortavelmente quente... por que diabos “eu” estava latejando?

A Noiva Do Rei  (O Filho Do Alfa)Where stories live. Discover now