Capítulo 15 - Brown eyes

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A biblioteca estava vazia

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A biblioteca estava vazia. O aroma agradável dos livros tornava o lugar ainda mais aprazível.

Graças a uma gripe, fui dispensada de todas as aulas do dia. Depois de uma visita a enfermaria e ser obrigada a ingerir um xarope ruim, decidi ocupar a minha mente com leitura.

Estava passeando entre as prateleiras, atrás de um título atraente quando uma garota de cabelos encaracolados e um sorriso encantador, entrou no corredor carregando uma caixa nos braços.

— Oi — cumprimentou, colocando a caixa no chão e assoprando uma mecha de cabelo do seu rosto. — Er... pensei que todos os alunos estivessem em aula — completou, dobrando os joelhos e abrindo a caixa com precisão.

— A enfermeira me dispensou das aulas de hoje — conto formando um sorriso.

— Ah — balbucia, sorrindo também enquanto retira três livros de capas vermelhas da caixa. — A propósito, sou a Evelyn.

— Sou a Anna Liz, mas pode me chamar só de Liz — o clima desconfortável se dissipa. — Quer ajuda? — pergunto, deixando um livro na prateleira e me aproximando de Evelyn.

— Claro — suas bochechas ficam vermelhas depois da resposta repentina. — Quer dizer... se não for incômodo pra você — dei risada enquanto negava com um aceno.

— Bem, não tenho nada melhor pra fazer.

A minha manhã preguiçosa deixou de ser tediosa. Evelyn me contou que chegou a pouco tempo, e que ainda não está totalmente matriculada na Diamond, por isso ainda não começou a participar das aulas, mas confessou estar extremamente ansiosa.

— Como minhas aulas ainda não começaram e não tenho muita coisa pra fazer aqui, ofereci ajuda para a bibliotecária. Ela é muito simpática, e foi professora de história da minha mãe.

Encaixo os últimos exemplares nas prateleiras, espirrando quando uma quantidade razoável de poeira sobrevoou.

— Já ouvi um pouco sobre a senhora Ashby — conto com a voz um pouco presa quando minhas narinas parecem se fechar subitamente. — Ouvi alguns boatos de que ela é uma bruxa de não sei quantos anos. Tem uma lenda onde diz que ela já foi diretora da Diamond, depois se tornou professora e agora bibliotecária — relato a lenda que Daniel me contou quando ainda estávamos próximos.

— Que bizarro — Evelyn torce o nariz em uma careta. — Você acredita?

— Não — nego dando de ombros. — Que bruxa poderosa escolheria uma escola cheia de adolescentes para passar a eternidade? — ela dá risada.

— Se eu fosse uma bruxa, passaria a eternidade no Havaí — brincou, me fazendo sorrir também.

Repentinamente, o sorriso no rosto de Evelyn se dissipa quando ela parece focar em algo, ou alguém, atrás de mim. Ergo as sobrancelhas, me virando para trás, podendo ver o motivo do desvelo da minha companhia.

Só Mais Um ClichêDonde viven las historias. Descúbrelo ahora