Capítulo 17 - Fora do meu alcance

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Eu tinha doze anos quando beijei pela primeira vez

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Eu tinha doze anos quando beijei pela primeira vez.

Houveram outros, mas nenhum foi capaz de me fazer sentir o que estava sentindo naquele momento; beijando ele. As mãos firmes no meu quadril faziam borboletas dançarem na minha barriga. Não era um beijo desesperado, era um beijo lento, calmo e deliciosamente pacífico.

Quando ele se afastou, vagarosamente, meu coração batia tão rápido e despreparado que tive medo dele ouvir.

— O que...

As palavras que dançavam na ponta da minha língua desapareceram quando o alarme estridente do colégio se fez audível.

Ergo as sobrancelhas, me afastando bruscamente, quando a enxurrada de estudantes começaram a sair para fora do prédio mal iluminado.

— É o alarme de incêndio — Ethan murmurou, confuso.

Sem dizer mais nada, Ethan deu as costas e começou fazer o caminho em direção a confusão.

Mesmo com o alarme ainda soando, ainda era possível escutar os murmúrios dos alunos assustados que ocupavam o campus. Todos usavam pijamas e, as expressões sonolentas mostravam que haviam sido acordados pelo alarme.

— Liz! — desvio o olhar quando escuto meu nome.

Addie e Louisa vinham na minha direção. Louisa usava um conjunto de pijama composto por uma calça e uma camisa fina de mangas compridas na cor rosa com bolinhas brancas. Addie ainda usava o uniforme da Diamond, assim como eu.

— Estávamos preocupadas com você — Addie confessou, cruzando os braços ao parar a minha frente.

— Os corredores estão uma bagunça. Tem aluno saindo de tudo quanto é lado — Louisa contou, soprando uma mecha de cabelo que pendeu sobre o rosto.

— O que aconteceu? — indago, preocupada.

— Não sabemos — Addie respondeu, as sobrancelhas juntas. — Será que foi só um treinamento?

— Acho que não — minha colega de quarto emitiu.

Antes que uma de nós pudéssemos dizer alguma coisa, uma mulher baixinha que beirava os quarenta veio até nós. Logo reconheci ser a mesma mulher que me apresentou o colégio quando cheguei.

— Vocês estão bem? — inquiriu com o cenho franzido.

Assentimos.

— O que houve? — Louisa questionou, me deixado apreensiva enquanto esperava pela resposta.

— Ainda não sabemos, mas não se preocupem. Não há sinais de fogo aparente e, quase todos os alunos já estão aqui fora, então... não tem com o que se preocupar — deixo escapar o ar, aliviada.

A mulher abriu um sorriso forçado antes de seguir adiante e parar em um grupo de alunos que pediam informação.

— Parece que o diretor vai falar — digo, apontando para o diretor que ocupava um lugar no último degrau para a entrada. — Vamos.

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