Deliciosamente encrencadas

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Rafaella

Em condições normais eu não teria cedido aquela situação absurda. Acontecia que Bianca Andrade tinha o impressionante poder de conseguir exatamente o que queria por encontrar o momento em que mais distraída eu estivesse, e isso aconteceu exatamente quando tínhamos decidido as duas sair da cama para pegar o bolo deixado na cozinha quando o desejo desmedido tomou conta de nós e nos levou leves pela casa até findar sobre sua cama com as revelações tanto tempo sufocadas.

Me sentia tranquila ali com ela nua no meu colo comendo do que eu dava a ela depois de reclamar do quão ridícula era aquela situação, mas parando assim que eu prometi distraí-la do quão doce poderia ser aquele momento.

Minha garota era rude, era verdade, mas no fim do dia eu sabia que dali em diante era assim que terminariamos: Eu colocando pedaços de bolo em sua boca enquanto tocava carinhosamente suas costas com meus dedos em silêncio, não diria tranquilo porque não importava o que acontecesse, uma hora Bianca Andrade ia mudar tudo, com tão só algumas palavras e nada mais.

- Amor... - Aquela palavra ainda me deixava tão fraca que por precaução apenas parei o toque em sua espinha, desviando para sua cintura e ficando por ali.

- Sim? - Perguntei com um sorriso largo quando tomou o garfo a meio caminho dos seus e refez o caminho até minha boca que eu prontamente abri para receber sua súbita e estranha fofura.

- Não tem um jeito fácil de dizer isso... - Começou tocando a lateral do meu rosto na mesma atitude. Esquesita até demais...

- Você era virgem? - Não resisti a oportunidade de provoca-la mesmo de boca cheia e acabo por receber um tapa em meu ombro.

- Eu até pretendia encontrar palavras melhores para dizer isso, mas com esse seu comportamento nem acho que mereça - Reclamou e eu não disse mais nada, embora minha boca calada fosse mais evidência do meu não arrependimento que qualquer palavra que pudesse dizer - Você vai ter que pedir minha mão... - Falou no exato segundo em que comecei a engolir e todo o bolo parou no meio da garganta me fazendo engasgar instantaneamente e começar a me mover em desespero em cima da cadeira, provocando seu desequilíbrio e em seguida uma queda de bunda no chão.

- Rafaella! - Brigou ou disse com desespero? Sequer era capaz de definir qualquer coisa quando a respiração ia faltando e faltando até que Bianca viesse ao meu resgate batendo com tamanha força em minhas costas que desconfiei que mais além da preocupação havia certa vingança.

Com sorte e com motivos para denuncia-la por violência doméstica terminei por conseguir respirar depois de minutos de intenso desespero.

- Melhor? - Questinou Bia me entregando um copo da água que tomei todo de uma vez.

- Sim. Mas não brinque com isso de novo, está bem? - Pedi com a mão no peito baixando o copo até o balcão encarando sua expressão séria - Não é uma brincadeira, não é? É sério? - Perguntei não acreditando quando assentiu com a mesma irritação que bateu o pé.

- Claro que sim. E qual o problema? Não quer pedir minha mão? - Se adiantou a dizer tudo de uma vez e recolhi o copo meio do balcão com a intenção de não responder pela boca ocupada, mas Bia foi baixando o recipiente me olhando com mais irritação ainda agora, em seus olhos podia ver outra restrição de sexo se eu não acabasse tomando uma atitude rápida.

- Não é isso - Falei a puxando para dentro dos meus braços de novo, mantendo seu corpo perto do meu para ganhar vantagem - Não te parece estranho que depois de ter tido as pernas - Disse tocando suas coxas - A cintura - Coloquei tocando-a e passando para frente descendo um único dedo - E a sua bo... - Bianca me olhou com olhos esbugalhados e eu ri - ...Boca - Completei para seu alívio - Eu peça sua mão? Somos adultas, não precisamos da permissão de ninguém, ainda mais de parente - Bianca concordou, mas só até meados da frase, negando no último.

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⏰ Last updated: May 05, 2021 ⏰

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Deliciosamente proibido  -  Versão RabiaWhere stories live. Discover now