103. Inveja

184 36 20
                                    

 "Los han visto por ahí

Los han visto en los tejados

dando vueltas en Paris

condenando en los juzgados


Con la naríz empolvada

de corbata o de blue jeans

los han visto en las portadas todas

sin mas nada que decir


Donde están los ladrones?

donde está el asesino?

quizá allá revolcándose

en el patio del vecino

y qué pasa si son ellos

y qué pasa si soy yo

el que toca esta guitarra

o la que canta esta canción

la que canta esta canción


Los han visto de rodillas

sentados o de cuclillas

parados dando lecciones

en todas las pocisiones

predicando en las iglesias

hasta ofreciendo conciertos

los han visto en los cocteles todos

repartiendo ministerios"

     Donde Están Los Ladrones? - Shakira


103. 

A aula não poderia ter sido mais arrastada, ainda mais com o peso na consciência de possivelmente ser interpretado como um mal amigo de Halley por Phil. Claro que eu queria visitar Cometinha no hospital! Claro que eu queria falar besteiras e putarias enquanto me intoxicava com ele... Imaginar meu namorado indo visitá-lo me encheu de um tipo estranho de angústia. Era como um ciúme invertido! Como se ele tomasse a obrigação de mim. Eu deveria ir junto? Deveria. E por que eu não conseguia?

— Dani, o sinal tocou... Ainda está sem fumar? — Joy questionou tocando o meu ombro.

— Estou... Acho que parei... Vou ficar por aqui e descansar... Quase não dormi. — Respondi encostando minha cabeça na mesa. — Vai lá e fuma por mim...

— Quer que eu traga alguma coisa?

— Um refrigerante... Sei lá. — Disse coçando o pescoço.

— Tá bem.

Depois de algum tempo, eu não sabia se tinha cochilado quando senti que alguém estava perto de mim. E antes mesmo que eu levantasse a cabeça, senti o perfume refrescante de Phil.

— Teu refrigerante. — Disse encostando a lata gelada na minha mão. Sentou na cadeira ao lado.

— Valeu. — Respondi desanimado.

— O que houve Dani?

— O que houve o quê? — Questionei levantando a cabeça. — Só estou cansado porra! — Falei alto.

Jonas estava no fundo da sala e nos olhou espantando como se percebesse naquele momento que nós estávamos ali.

— O que foi? Tá olhando o quê? — Perguntei erguendo o queixo. Ele não respondeu, voltou a atenção para os livros que estavam abertos. — Desculpa. — Resmunguei para o namorado, abrindo a lata de refrigerante. — Só estou estressado.

ARCADEOnde histórias criam vida. Descubra agora