179. Culpa Vazia

104 18 7
                                    

 "Lying in my bed I hear the clock tick,

And think of you

Caught up in circles

Confusion is nothing new

Flashback, warm nights

Almost left behind

Suitcases of memories,

Time after


Sometimes you picture me

I'm walking too far ahead

You're calling to me, I can't hear

What you've said

Then you say, go slow

I fall behind

The second hand unwinds


If you're lost you can look and you will find me

Time after time

If you fall I will catch you, I will be waiting

Time after time


After my picture fades and darkness has

Turned to gray

Watching through windows

You're wondering if I'm okay

Secrets stolen from deep inside

The drum beats out of time


You said go slow

I fall behind

The second hand unwinds


Time after time

Time after time"

     Time After Time — Blaque (original Cyndi Lauper)


179. 

Quando dei por mim, já estava sem camisa e também já tinha tirado a camiseta de Adriano que estava embaixo de mim. Entre beijos e amassos, fiz com que ele me obedecesse e me arranhasse as costas com força. A adrenalina estava à mil, a ideia de estar naquela posição de quase transa, num local público, mesmo que esmo e sem iluminação ou civilização próxima não tirava a excitação que eu sentira. É, talvez o defunto tanto gostasse desse tipo de adrenalina, pensei.

E pensar naquele detalhe, me fez perceber também que uma das coisas que eu temia, era que eu me sentia um tanto responsável por Phil. Diferentemente de Adriano, eu não ligava muito o que teria que inventar para defendê-lo se a polícia chegasse ou alguém fosse nos agredir. Pareceu egoísta e desonesto ter aquele pensamento entre troca de carícias e saliva, mas, não dei muito espaço para a culpa, assim como não fazia há dias. Meu único pesar era ser inocente demais.

— Tu quer? — Adriano perguntou depois de abaixar minha calça.

Beijou meu umbigo, minhas costelas e a cicatriz no peito. Mordeu meus mamilos com certa força e então parou me encarando, esperando resposta.

— Quero ué... Aposto que tu me deu essa coisa, essa peça de roupa até pra facilitar... Taradão. — Brinquei enquanto acariciava o cabelo dele.

— Foi não Danadinho... Mas, que ela ficou linda em tu, ficou... — Disse e esgueirou as mãos pelos elásticos nas pernas. Para depois segurar minhas nádegas, erguendo meu quadril.

ARCADEOnde histórias criam vida. Descubra agora