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Saber o que fazer para o meu tempo passar mais rápido nunca foi o meu forte, eu só sei ficar jogado na cama enquanto olho para o teto e penso "quando a vida irá me levar dessa para melhor?"
Porque, é sério, já está na hora de eu ir. Não tenho mais o que fazer nesse mundo.
Por isso, enquanto ela me castiga sem dó ou piedade, eu dou um empurrãozinho nesse trabalho fumando mais um maço de cigarro. A nicotina nem age mais em meu corpo, mas ainda sim é o melhor a se fazer diante de todo o caos emocional que tenho.
— Hey! — que susto do carai, fala sério, mano.
Me levantei da cama com tudo, quando eu olhei para a porta que foi aberta com toda a brutalidade do mundo, lá estava Park Jimin, com uma expressão de espanto também, mas não pior que a minha.
— Filho da puta, quem deixou você entrar, hein? — eu pergunto semicerrando os dentes, nervoso que só o cacete.
— Primeiro você me aparece com um filho, agora fuma e fala palavrão? O que aconteceu com o Jeon Jungkook que eu conhecia? — ele enfim justifica o motivo de seu espanto, o que faz eu revirar os olhos e dá mais uma tragada em meu cigarro quase finalizado.
E então, ele começa a observar o meu quarto, curioso e bem intrometido, quando ele percebe o saco de pancadas pendurado em frente a cama, ele se aproxima e dá um leve soco.
— Tá explicado porque tá parrudo. — conclui.
— O que você está fazendo aqui?
— Tentando retomar o que eu tinha com o meu melhor amigo. — ele responde na maior cara de pau, como se fosse natural.
Eu falei a maior merda da fase da terra para ele naquela época e ele mesmo assim quer falar comigo de novo.
Ele sofreu amnésia?
— Sendo enxerido desse jeito nunca irá conseguir. — mas é o que eu digo, disposto a não retomar aquele assunto escroto do caralho, ponho o restinho do cigarro no cinzeiro e dou a última bolhofata que ainda havia em minha boca.
— Então se eu não for, tenho chances? Sei que aquela merda homofóbica foi coisa da sua ex, então eu te perdôo.
E então ele retomou ao assunto.
É que tipo, Jimin sempre foi assumido gay assim que se descobriu gostar pra caraio de homem e eu nunca em minha vida o olhei torto depois que ele me contou, continuamos amigos como sempre. Mas em um ato de desespero para afasta-lo de mim, eu me comportei como um homofóbico de merda e o insultei pra desgrama. Me arrependo muito disso, muito mesmo, mas eu não tenho como desfazer a merda então só aceito.
Eu fico quieto, sem saber o que falar direito depois desse comentário. Me sento de perna de índio na cama e assim fico, apenas observando Jimin sorri para mim uma última vez como se essa fosse uma resposta minha e continuar caminhando pelo meu quarto.
Mas essa não é a minha resposta, eu quero ele fora daqui.
— Você ainda tem! — ele exclama surpreso ao vê alguma coisa em minha cômoda, quando eu percebo, é um chaveiro de coala que ele me deu uma vez já que o meu sonho era cuidar desse bichinho mas, sabe, não é permitido. Eu nem sabia que o tinha ainda. — Aí que fofo, lembra que gastamos maior grana para conseguir tirar isso de uma máquina.
— Cai fora do meu quarto. — me levanto com brutalidade da cama, pegando o chaveiro e colocando de volta, só agora que eu percebo que eu ando com ele todos os dias já que ele está preso a cópia das chaves de casa.
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Cicatrizes - Pjm + Jjk
Fanfiction[CONCLUÍDA] Nossas vidas podem ser comparadas com o nosso próprio corpo, mesmo com os momentos bons que vivemos sempre há aquele machucadinho que cutuca, porém que se cuidarmos, mais tarde, pode se tornar apenas uma cicatriz. Mas Jeon Jungkook tem t...