06

4.3K 494 1.2K
                                    

Antes de iniciarmos esse capítulo, já vou dizendo que ele é bem... Sabe, pesado nesse início pelo menos. Rlx que essas cenas serão pouca abordadas, tanto o próprio personagem quanto eu sentimos incomodo de dizer mais sobre essa época. Talvez essa seja a única cena desse jeito ent... Bom, se incomodar parem e voltem mais tarde, ok??

Boa leitura!!

🥊📷

— Peguem ele! — ouço a voz do vadio que mais me atormentava na cadeia, crente de que eu mereço todo o sofrimento do mundo por causa do crime que eu cometi.

Eu corria feito um maluco, fugindo dele e dos seus seguidores, mas não contava que um estava bem ali, me esperando para que eu tombrasse com ele e caísse no chão. Logo fui pego e arrastado até o banheiro, já sabendo que me fariam fuder os miolos.

— Por favor, não! — eu negava perplexo já sabendo o que é, não é a primeira vez que eles iriam me obrigar a isso.

— Você vai chupar a gente e vai gostar, entendeu? — ele me jogou na cabine, fazendo eu bater a lateral do meu rosto na privada e um corte foi marcado em minha bochecha. — Ou não era assim que você fazia com a sua mulher?

Porra, eu juro que nunca fiz nada com ela.

Eu nunca que seria capaz disso, não seria. Não é porque eu meti um soco em sua cara que eu faria isso mais vezes, eu juro que me arrependo disso com todas as forças e que foi a minha primeira e última vez.

Eu só estava me defendendo.

Minha respiração ficou pesada, parecia até que fazia horas que eu estava sem fôlego. Me sentei na cama e uma parte de mim se sentiu aliviado por ser só uma lembrança do pesadelo que eu vivi naquela prisão mas a outra martelava um monte de sentimentos ruins e intrigantes.

Caralho, isso me persegue tanto que dói o peito e faz eu outra vez chorar que nem um bebê. Não acredito que passei por essa merda toda e estou aqui, vivo e com o meu filho de volta.

Eu pego um cigarro que estava na minha gaveta de cuecas e o acendo, perto da janela aberta é que eu começo a fumar e olhar para as estrelas que faziam tempo que eu não admirava. Sentia tanta falta disso quando estava lá mas quando eu voltei, nunca mais o fiz.

O que eu gosto ainda mais é de observar a lua, hoje ela está cheia e linda, brilhando tanto que me traz um certo sentimento de paz enquanto eu choro que nem um condenado.

Porra, que merda lembrar disso tudo. As vezes eu só queria bater a cabeça e esquecer esses três anos de inferno (dois com a Sunnie e um na cadeia), lembrar só que tenho um filho e que estou me aproximando dele a cada dia que passa. Ele ainda não fala comigo mas é questão de tempo, como o Jimin disse, querendo ou não ele ainda sente medo de mim e aos poucos é que esse sentimento irá sumir.

Tempos passaram e um carro estaciona na frente de casa, não sei quem está dirigindo mas vejo Jimin saindo dele enquanto acenava todo sorridente para sabe deus quem. Eu olho para as horas do relógio digital e percebo ser meia noite, que diabos é esse chegar em plena quarta-feira a essas horas? Amanhã ele tem aula.

Eu nego incrédulo com a cabeça e trago mais uma vez, acho que Jimin percebe o cheiro no ar pois olha diretamente para a janela do meu quarto e acena, eu só dou os ombros e continuo a fumar enquanto ele entra em casa.

Falo nada, viu.

Batidas na porta são ouvidas, já sei que é ele vindo aqui para encher a minha paciência mas... Minha cabeça está tão perturbada, seria bom eu me distrair um pouquinho, não é?

Cicatrizes - Pjm + JjkWhere stories live. Discover now