Capítulo 12

9 1 0
                                    

DULCE

Combinei com Uckermann de nos encontrarmos em uma hora na recepção do hotel para irmos ensaiar. Maitê e eu estávamos nos acomodando no nosso quarto. 

M -- Eu quero essa cama. (Maitê se jogou em uma das camas) 

D -- Pra mim tanto faz... Você e o Christian já estão no maior love, né ? Seus safadinhos! (Joguei um travesseiro em cima dela e ela riu) 

M -- Pensei que estivesse dormindo. 

D -- Eu não estava. Escutei toda a conversa de vocês. Ou melhor, quase toda. 

M -- O Uckermann te acordou, não foi ? 

D -- Não. Eu não estava com sono. 

M -- E o que você e ele conversaram, hein ? 

D -- Nada de mais. Assuntos de carreira e algumas coisas sobre nossas vidas pessoais. 

M -- Sei. Ele até foi pegar uma garrafa de água pra você. E continuaram conversando por um bom tempo.

D -- Ele só estava tentando ser legal e fazer eu me sentir à vontade. 

M -- Hum, que atencioso! 

D -- Não pensa besteira, sua chata! (Joguei outro travesseiro nela) -- A ex dele ainda continua desaparecida. Ele deve estar mal. Com certeza tem muitas pessoas o acusando de ser culpado. 

M -- Não acho que ele seja do tipo assassino. Tem uma cara de bocó. 

D -- Eu também não acho que ele tenha culpa. Até porque não há provas contra ele. A tal de Belinda que deve estar envolvida com alguma coisa. 

M -- Pode ser. Ou quem sabe ela foi mordida por algum vampiro e está escondida por aí. 

D -- Também é uma possibilidade. As primeiras semanas de transformação são as mais difíceis. Não conseguimos ter controle sobre a sede de sangue. E também é uma luta para voltarmos ao normal e impedir que as outras pessoas vêem os olhos vermelhos e os dentes grandes. 

M -- Ah, com essa correria toda, até esqueci de te perguntar sobre o Dylan. Você teve que desmarcar a aula de barco pra poder vir aqui. O que ele achou disso ? 

D -- Ele entendeu. Eu disse que ia vir trabalhar. E o trabalho vem primeiro. 

M -- Posso te dar um conselho ? 

D -- Diga! 

M -- Se ele te chamar pra sair de novo, não aceita. 

D -- Mas por quê ? 

M -- Porque se você não gosta dele, é melhor se afastar. 

D -- Mas eu gosto da amizade dele. Não vejo problema em sair pra jantar com um amigo. 

M -- Acontece que ele não te vê assim, Dul. Não é como o Alfonso. O Dylan tem esperanças de um dia desses você acordar e descobrir que é apaixonada por ele. Não o deixe iludido. 

D -- Você acha que estou fazendo errado ? 

M -- Sim. Muito errado. Se acha que nunca vai vê-lo com outros olhos, o melhor é cair fora e não deixá-lo perder tempo tentando te conquistar. 

D -- Foi ele quem quis assim. Disse que ia me esperar. Ele acha que não quero me envolver com alguém por causa da suposta desilusão amorosa que fui obrigada a inventar. Mal ele sabe o motivo real. 

M -- Ok. Você não gosta dele e ponto. E nunca vai gostar, certo ? Ou você tem dúvidas ? Acha que algum dia pode dar uma chance a ele ? 

D -- Sinceramente, acredito que não. Como eu já disse, nos conhecemos há quase dois anos e se fosse pra eu sentir algo por ele, já teria sentido. 

Inevitable SinfoniaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt