Capítulo 48

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CHRISTOPHER

Quando cheguei no prédio, avisei minha chegada e Christian deu ordem para permitir minha entrada na garagem. Fiquei esperando dentro do carro. Minutos depois, vi Maitê ao lado dela. Realmente estava ruiva. Com os cabelos vermelhos. O novo visual a deixou ainda mais linda.

Dulce María era a mulher mais linda que eu já vi na vida. A mais maravilhosa! Pena que só depois de tratá-la mal e perde-la, eu pude ver o quanto ela valia. Com as mãos trêmulas, abri a porta do meu carro e saí. Caminhei um pouco em direção a elas e Dulce ficou me encarando com uma expressão de surpresa e indignação ao mesmo tempo.

D -- O que ele faz aqui ? (Olhou pra Maitê e disse com um tom de raiva)

M -- Além da mãe dele morar neste prédio, disse que quer conversar com você.

D -- Não tenho nada pra conversar com ele. (Ela se virou de costas para ir embora)

M -- Dulce, não seja orgulhosa. Escute o que ele tem a dizer. (Disse tentando intervir. Quem sabe ela escutaria a amiga. Decidi me manifestar quando vi que nem Maitê conseguiu fazer ela mudar de ideia)

U -- Dulce, me escuta! Por favor!

D -- Espera! Você disse por favor ? É você mesmo que está aqui ? Ou é algum vampiro disfarçado ?

M -- É ele sim, Dul. Joguei pó de alho nele quando chegou. Não é um vampiro. (Mentira, ela não fez isso. Sabia muito bem que era eu mesmo ali)  

U -- Só quero que me escute por cinco minutos.

D -- Te escutar ? Escutar o que ? Suas ofensas e acusações ? (Disse indignada e revoltada)

U -- Meu pedido de desculpas.

Ela riu em um tom maléfico tipo aquelas bruxas de filmes de Halloween para assustar criancinhas.

D -- Ah, Christopher! Você é tão engraçado!

U -- Estou aqui porque descobri a verdade sobre a minha irmã. Ela está viva.

D -- Pois que bom pra você! Agora sua família está reunida de novo. Quer meus parabéns ? Uma festa de boas vindas para a Anahí ?

U -- Dulce, apenas me escute. Prometo não tomar muito seu tempo.

D -- Já estou perdendo meu tempo só de ficar aqui olhando para a sua cara.

U -- Em nome do sentimento que um dia você teve por mim. Me deixe te explicar as coisas.

Ela foi se aproximando de mim.

D -- O que quer me explicar ? Hein ? Eu não estou pedindo explicação nenhuma. Você está aqui porque quer. E também vai perder seu tempo. Nada que vem de você me importa mais. Tudo o que você significava pra mim, já morreu.

U -- Mentira.

D -- Então, eu devo ser a maior mentirosa do mundo. Porque não acreditou em mim antes e também não acredita agora. Dane-se! Não tô nem aí.

U -- Sei que ainda sente algo por mim. Se não, não estaria chateada comigo. (Me aproximei mais dela e senti meu coração acelerar e meus lábios pulsarem. Eu estava louco para sentir seu sabor e toma-la em meus braços)

D -- Você pode não ter me matado naquele dia, mas com certeza matou o sentimento que eu tinha por você. Acredite no que quiser.

U -- Daquela vez eu estava errado sim, mas dessa, sei que estou certo.

D -- Está tão certo quanto da última vez. Cuidado para não se enganar novamente. Será uma decepção em dobro.

U -- Sei que fui injusto. Te acusei sem ter provas. Minha irmã está viva e eu não sabia. Minha mãe não me contou para proteger a mim e a Annie. Tem muita coisa envolvida nisso tudo.

Inevitable SinfoniaWhere stories live. Discover now