Passeio em Seattle - Parte II

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Uma imensa alegria cresce em seu peito, explodindo em seu rosto num enorme sorriso, seu dia definitivamente não poderia ficar melhor.

― É claro que sim – responde Leah, bem mais alto do que deveria.

― Xiiiiiu – fazem as pessoas do cinema em uníssono.

― Desculpe – sussurra, voltando-se para o cherokee em seguida. – É claro que sim!

Lucian toma uma das alianças e desliza pelo dedo anelar da quileute, beijando sua mão direita em seguida e agradecendo mentalmente a sua nova sogra, por ajudá-lo na compra das alianças. Aquele momento também entraria em sua lista dos melhores de sua vida...

Leah pega a outra aliança e a desliza sobre o dedo de Lucian, mas, ao contrário dele, não beija sua mão, pois seu imprinting lhe impulsionava a algo muito melhor... E seguindo seus instintos, Leah apoia o joelho na poltrona e se lança sobre Lucian, sussurrando um "eu te amo" em seu ouvido e o beijando.

O filme se tornara inútil naquele momento, pois o casal passara o restante dele em seu namorico, no escurinho do cinema. E quando ele termina, as luzes se acendem e os lupinos se separam rapidamente, para não serem flagrados aos beijos.

― Me pergunto o que seria de mim, sem você – começa o cherokee, já do lado de fora do cinema.

― Provavelmente voltaria a sua vida antiga, a que você tinha antes de vir para La Push.

― Acho não. – Nega com a cabeça. – Minha vida antes de La Push não tinha sentido, era apenas fugir, fugir e fugir... Você é o sentido da minha humilde vida lupina, se ficasse sem você não iria querer viver... Minha namorada – Sorri.

É inacreditável como pequenas palavras podem vir carregadas de significados e sentimentos. Leah podia sentir toda a intensidade do amor de Lucian naquela única palavra: namorada.

Algumas pessoas dão seu coração para alguém, mas não recebem nada em troca. A quileute entregou o seu coração a ele e sentia-se perfeitamente preenchida, sabendo que o coração dele lhe pertencia há muito tempo!

O carro estava próximo. Leah corre até ele e encosta-se ao veículo, enquanto Lucian ainda se aproximava para destrancá-lo, tudo sem deixar de observá-la.

― Eu já disse que te amo, Leah Clearwater?

― Hoje ainda não – responde fazendo manha.

― Pois eu te amo, minha loba. Preciso de você cada dia mais, sem a sua presença meu dia se torna mais cinzento que o céu nublado de Forks...

― E essa foi a melhor cantada que já recebi até hoje. – Ri.

― Tenho outra se você quiser! – Aproxima-se, colocando um braço em cada lado de seu corpo, prendendo-a contra o carro. – Eu queria ser invisível para em teu quarto entrar e no silêncio da noite teus lábios beijar.

Ele pretendia beijá-la, realmente pretendia, mas Leah o faz primeiro! Ela diminui o espaço entre eles e captura seus lábios num beijo urgente, admitindo mentalmente o quanto sua alma clamava por ele cada vez mais e o quanto ansiava por seus beijos. O imprinting era algo realmente impressionante!

― Mamãe! – A voz chorosa rompe o ar. – Mamãe, cadê você.

Lucian gira a cabeça em direção a pequena menina que chorava em busca de sua mãe. Ela estava perdida e assustada, com medo de ficar sozinha e de ser esquecida. O cherokee se aproxima da criança cautelosamente e se agacha próximo a ela, tentando acalmá-la com palavras doces.

― Oi, quanto anos você tem?

― Seis – responde com medo.

― Por que está chorando?

LeahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora