Ataque em La Push

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Fazia, aproximadamente, oito dias que Lucian fora capturado. Leah estava, mais uma vez, aguardando seu retorno numa clareira, um pouco maior do que a que o bando utilizava para suas reuniões, e que ficava exatamente na fronteira da reserva.

A quileute estava sentada a beira de uma árvore, como sempre fazia àquela hora da manhã. Sua mão brincava de fazer desenhos em sua barriga ainda lisa, que completara quatro semanas de gestação, o equivalente há dois meses, segundo Carlisle.

― Por favor, Lucian, volte a tempo de ver nosso bebê nascer. Ele precisa de você tanto quanto eu – sussurra para o vento.

― E se ele não voltar? – pergunta Embry de repente.

Ela se assusta com o aparecimento repentino do quileute, que, por sinal, não a deixara em paz nem um segundo durante todos aqueles dias. Leah suspira fundo, tentando conter o mau humor que se formava devido à resposta do garoto e a irritação que sua presença vinha lhe provocando.

― Ele vai voltar.

― Coloque os pés no chão, Leah, pare de sonhar, ele foi raptado pelos Volturis. Se ele realmente sair de onde está agora, com certeza será num caixão.

Leah se coloca de pé subitamente, fuzilando o garoto com os olhos. Se não fosse pela gravidez, podia jurar que se transformaria naquele exato momento.

― Dobre sua língua quando se referir a ele! – grita, levantando os punhos para socá-lo.

A quileute defere o soco, mas Embry segura sua mão com facilidade, sorrindo com o acesso de raiva da loba. Ela se repreende mentalmente, por se esquecer que ele também era um lobo, afinal, ela poderia ter socado com mais força.

― Você é realmente uma graça. – Ri. – Fica ainda mais bonita quanto está brava.

― Que história é essa, Embry? – Estranha.

― Vai me dizer que não notou? – Dá o seu melhor sorriso. – Eu estou atrás de você durante todos estes dias e você realmente não notou? Eu te amo, Leah.

Embry puxa a garota para um abraço e tenta um beijo, mas ela se esquiva, virando o rosto e o empurrando para longe com força, visivelmente irritada.

― Pare de piadas, Embry! – esbraveja.

― Não é piada, eu te amo de verdade.

― Me ama? – Cruza os braços. – Por que você me ama?

― Porque você é linda. Desde que a vi passeando toda arrumada e atraente com Lucian, não pude deixar de amá-la, foi à primeira vista.

― Como eu imaginei – cospe com desdém –, você não me ama.

― É claro que amo, Leah, por que está duvidando?

― Somente Lucian me amou de verdade... Você diz que se apaixonou quando me viu "arrumada e atraente", mas ele me amou quando eu estava um horror. – Começa a subir o tom de voz. – Lucian me amou quando eu estava deplorável, me amou quando me vestia como uma mendiga, me amou quando todos me ignoravam, me amou apesar desse corte de cabelo curto que odeio. – Respira fundo. – Ele me amou além de minha aparência e para mim, ninguém pode substituí-lo... Nunca!

― Eu posso tentar. – Segura a mão direita da loba com força. – Posso cuidar do seu bebê também.

― Me solte, Embry, Lucian é insubstituível, ninguém pode e nem vai, tomar o lugar dele.

― Pare de sonhar, garota – irrita-se. – Ele deve estar morto a essa altura!

― Me solte agora mesmo – rosna.

LeahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora