Bebê a Bordo!

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Lucian abre os olhos e observa a mulher aninhada em seu peito, dormindo tranquilamente. Já era de manhã, mas que horas exatamente seriam? Seus olhos focam o teto por alguns instantes, enquanto seu dedo indicador desenhava pequenas espirais nas costas de Leah, que logo se remexe em seus braços e abre os olhos, respirando fundo para inalar o máximo que podia daquele cheiro tão bom.

― Bom dia, Leah.

A quileute arregala os olhos e sente o coração disparar ao constatar que a noite anterior fora mesmo real. Ela se apoia nos cotovelos, puxando o lençol para cobrir o tronco nu e logo nota o calor emanando da pele de Lucian.

― Você ainda está com febre, acho melhor ir embora e deixá-lo descansar.

― Fique mais um pouquinho, por favor. Quero ficar aqui, agarradinho com você um pouco mais – Sorri zombeteiro.

Leah deita-se novamente, sorrindo e se aconchegando no colo do cherokee.

― Leah, você sabe que eu te amo, não sabe?

― Sim – responde estranhando a pergunta.

― Sabe que pretendo ficar ao seu lado para sempre, não sabe?

― Sim.

― Sabe que, não importa o que aconteça, eu sempre voltarei para você, não sabe?

― Sei, mas por que está me dizendo isso?

― Por nada. – Beija sua testa com carinho. – Era só para confirmar.

A verdade é que Lucian tinha medo do que estava por vir. Ele sabia que Aro não desistiria de pegá-lo, mas a situação era mais fácil de enfrentar quando não tinha onde morar, quando ninguém dependia dele... Agora Leah dependia, dependia de seu amor, de sua existência e ele precisava deixá-la tranquila quanto a qualquer coisa que viesse a acontecer.

O tempo passa rapidamente enquanto o casal conversava. Era incrível como os assuntos triviais fluíam com naturalidade quando estavam juntos, Leah nunca se imaginou falando de marshmallows ou de sapatos com ninguém, nem mesmo com sua mãe... Opa! Sua mãe...

― Essa não, minha mãe! – Levanta-se rapidamente. – Ela definitivamente vai me matar.

― Eu vou com você.

― Não, você fica! Está doente e precisa se cuidar... Volto mais tarde para saber como você está.

A quileute corre para o banheiro, toma um banho rápido e salta em cima do cherokee para um beijo de despedida. Ela não podia sair pela porta, já que o dono da hospedaria estaria na recepção e ele não estava ciente de sua presença ali, então, resolve sair pela janela.

Já passava das dez horas quando Leah chega em casa e vê a janela de seu quarto ainda fechada. Tudo o que teria de fazer era entrar, fechar a janela sem fazer ruído e deitar-se na cama, para fingir que estava dormindo até àquela hora. Ela entra no cômodo e fecha a janela silenciosamente, como o planejado, mas quando se vira, encontra Sue encostada no batente da porta.

― Onde você estava?

― Fui tomar um ar – disfarça.

― Não minta para mim, Leah, ninguém arruma a cama para fingir que tem alguém, se a intenção é somente "tomar um ar"... Responda-me, onde você estava? Ou melhor, onde passou a noite se Jacob te dispensou da ronda?

Seria justo mentir para ela? Seria justo ser grosseira com a mulher que a gerou, que a alimentou e esteve ao seu lado quando ficava doente? Não, na verdade, seria muito injusto... Por mais que já fosse maior de idade e uma loba poderosa, era Sue que continuava a alimentá-la e lhe dava um teto para morar, não seria justo mentir para ela ou confrontá-la...

LeahOnde histórias criam vida. Descubra agora