Imprinting? - Parte II

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― Você é linda! – Sorri encantado.

Leah instantaneamente fica desconcertada, quando foi a última vez que fora elogiada mesmo? Nossa, nem se lembrava mais... Ele a desarmou com mais rapidez e mais facilidade que todos os garotos quileutes juntos.

― Sou Lucian, você é?

― Leah, a garota do voto decisivo e blá, blá, blá – responde, tentando retomar sua forma carrancuda e defensiva.

― É um grande prazer conhecê-la.

Lucian estende a mão para a garota, que o analisava receosa. Leah aperta a mão que lhe era oferecida e sente uma onda elétrica invadir o seu corpo, que droga toda era aquela afinal? No segundo seguinte, uma imensa vontade de chorar inundou seu coração, seus olhos se umedeceram e sua garganta se fechou como se tivesse dado nó, mas ela não sabia o porquê.

A loba, depois da morte de seu pai, estava decidida a nunca mais chorar, a ser forte pela sua família e por ela mesma, e depois de tanto atormentar os garotos do bando, não queria chorar e dar a eles um motivo para caçoarem. Por isso, com um movimento rápido, ela solta a mão de Lucian, engole o nó em sua garganta e entra rapidamente na casa.

― Coitado! Tenho dó dele – disseram alguns garotos quileutes.

Entretanto, Lucian não se deixou abalar. Entrando logo em seguida, ele envia uma mensagem telepática a Hana, que sorri e confirma com a cabeça.

Sam não estava satisfeito com o acontecido, mas pôde relaxar consideravelmente ao se lembrar de que Leah estava congelada no tempo, uma menopausa forçada pelos genes lupinos e que, por isso, talvez nunca encontrasse alguém compatível. O bando não ousava comentar sobre o ocorrido, pois era algo que precisava ser discutido dentro de seu bando, sem ouvidos ou mentes de terceiros escutando a tudo, mas no fim das contas, não conseguiram evitar alguns cochichos e os deboches.

Kiary assistia a cena inconformada, era para ser ela ali, tendo um imprinting com o alfa mais poderoso que já existiu na tribo cherokee, o que aquela "Maria-homem" tinha a oferecer a ele afinal? Ela nem sequer era um lobisomem de verdade.

― E então? – questiona Leah, já do lado de dentro. – O que faremos quanto à parte dos "assassinos"?

― Precisava lembrar isso? – retruca Seth, com medo da briga recomeçar.

O fato é que Leah queria ver o ambiente ferver, ou melhor, queria ver Emily ferver em seus nervos e ser crucificada com as broncas do bando, porém, para a sua infelicidade, nada aconteceu. Para encerrar o assunto e acalmar os ânimos, Sam se desculpou pela esposa, Lucian aceitou e logo tudo estava como era antes: um completo tédio.

A escala de patrulha foi montada com rapidez, um lanche foi servido, mas Leah se recusou a comer. Em seguida começaram a discutir sobre o melhor dia para apresentá-los aos famosos Cullens, entretanto, Lucian estava tenso demais para participar daquela parte da reunião e não segurou o impulso de sair da casa.

O tempo realmente havia voado, La Push havia sido dominada pela escuridão da noite. O rapaz cherokee coloca as mãos no bolso da calça e fita o céu nublado, era uma pena que ali não conseguisse enxergar as estrelas, pois era algo que o fazia recordar de sua terra natal.

De dentro da casa, Jacob o observava desconfiado:

― Algum problema com ele? – pergunta, chamando a atenção de Hana para o irmão.

― Não – responde serenamente, o analisando por alguns instantes. – Ele só está preocupado e com a cabeça fervilhando. Lucian quer muito que nossa moradia aqui de certo – Pausa, percebendo que todo o bando se calou para ouvi-la. – Acho que vocês não sabem o porquê não podemos retornar para nossas terras...

LeahOnde as histórias ganham vida. Descobre agora