Instintos De Predador [💋]

16: O Herdeiro. [💋]

• Ainda tem alguém aqui? Se sim, eu espero que tenham uma boa leitura!

Apesar de todo dote bem-composto, seu íntimo era pouco singelo, afável. O nuance presente em seu olhar felino e ligeiro, era de um intenso amarelo vivido e florescente. A estatura de seu corpo, era larga e extensa, contudo, não menos atraente por seu porte pouco curvilíneo. Contemplado por um par de ombros largos, carregados por um charme instigante, único e delicado. O rapaz ainda era dono de uma melanina em tom suave sobre sua derme, realssando ainda mais os traços que compunham sua face e corpo de modo preciso, o que era de causar inveja nos demais ao ser observado. Seus braços e pernas, apesar de naturais, eram suavemente definidos e atraentes, apesar de cobertos por tecidos seletos o tempo inteiro. O rosto pouco pálido, era alvo de traços másculos e transcendentes, contendo-o lábios grossos, salientes e perfeitamente delineados sobre sua pele, de uma aparência carregada de delicadeza e sensações aveludadas em seu tom naturalmente róseo e fosco. Estes que, assemelhavam-se levemente a um coração, adorável. As maçãs de seu semblante, continham um segmento em sincronia perfeita até a altura de seu queixo, levemente pontudo apesar de arredondado. E por fim, o formato espreitador e sedutor presente nas linhas de seus olhos, eram de um encanto matador. Porventura, apesar do desígnio expresso, aqueles olhos bonitos camuflavam a personalidade reservada e serena do jovem bem-apessoado. A linhagem rara que percorria ferozmente por suas veias, trazia consigo, não só uma aparência mais delicada e genuína, distinta dos demais seres, mas também, instintos e uma índole diferente. Por isso, os traços tão fascinantes de sua aparência, juntamente de feromônios marcantes e incitador. Diferente do cheiro intrusivo dos ômegas e alfas, o aroma que os betas exalam, tem como principal função, não atrair o parceiro, mas sim, exibir uma fonte de alerta. A descendência frágil, era demasiada sensível, podendo reagir de forma voraz e instintiva a pequenas coisas, que para os outros, seriam fúteis e irrelevantes.

Dentre mil híbridos, apenas dois continham a probabilidade de serem betas. Contudo, geralmente, só um resistia. A rara casta, costumava acarretar inúmeras doenças as quais ainda eram uma incógnita até os dias atuais. Sendo assim, os ômegas ou betas que os gerasse, teriam uma chance quase inexistente, de conseguirem dar á luz dentro do período esperado, e com o feto ainda respirando, com vida. Felizmente, Kim Seokjin nascera aos nove meses, com um peso beirando ao ideal e extremamente saudável, fruto dentre um amor entre dois ômegas machos. Um verdadeiro milagre. Era assim que seus pais costumava chamá-lo. Seu verdadeiro e pequenino milagre. Um beta de olhos mais doces e flamejantes que verdadeiros favos de mel, e madeixas naturalmente esbranquiçadas e sedosinhas. Seu garotinho era demasiado lindo.

A personalidade contida, pouco vinha de um marco da educação tradicional que Seokjin recebera em casa. Porventura, os traços que lhe definiam o íntimo, tornara-o um homem terno, extremamente polido e amistoso. A direção rigorosa em casa, apesar de existente, seus pais ainda assim tinham todo cuidado com, e envolto de seu único filhote, tratando-o com um sentimento em demasia de aconchego, amor e proteção. As regras impostas em casa, por ser o único filho, eram ainda mais cobradas e exigidas de sua parte. Contudo, o rapaz sentia-se acolhido, e extremamente agradecido pelos cuidados que tiveram consigo, para que crescesse bem e saudável, apesar de tudo. A atenção que recebia de ambos os ômegas, era sem dúvidas aveludada e acolhedora. E por conta dos traços únicos que os betas costumavam ter, e a sensibilidade tremenda, o cuidado que tomaram consigo, chegara a ser exorbitante. Nada que o impedisse de viver, pelo contrário, Seokjin cedo conhecera por meio de diálogos as causas e consequências que seus atos e atitudes poderiam gerar-lhe ao decorrer de sua vida. Tivera liberdade e privacidade o suficiente para desfrutar e passar pelas experiências naturais que todo híbrido passava.

Até que, em meio a sua adolescência, seus pais se mudaram para Daegu. Uma pacata cidadezinha local. E faltando pouco para completar dezessete anos, o híbrido pertencente a uma rara casta, notou ter sido alvo, pela primeira vez, daquele rebuliço intenso no estômago, e um nervosismo incomum em seu âmago, ao deparar-se com seu novo vizinho. Um garoto, alto, derme suavemente bronzeada, olhos puxados e covinhas que, Seokjin julgou-as ilegais, por carregarem um charme matador. E que ao farejar-lhe de forma faminta e um tanto quanto desesperada, notou se tratar de um lupino macho alfa. Nunca antes sentira seus olhos caçarem cada mínimo detalhe de um outro híbrido naquela fome toda. Intensa, voraz e incandescente. Seu ar chegou a dissipar-se de seus pulmões. A beleza inegável do outro fôra capaz de tirar-lhe de seus conformes. Seu rabinho jamais estremecera em situações tão vertiginosas como aquela.