Instintos De Predador [💋]

22: O Pedido [💋]

• Sejam Bem-vindos ao capítulo 22 de Instintos de Predador! Votem e comentem bastante. Espero que tenham uma boa leitura! 🐣

Seria hipocrizia da parte de Jungkook se ele dissesse que estava tudo bem. Seu lobo, nunca antes estivera tão calado e recolhido, desde que conheceram a ovelhinha. O silêncio que exalava, nem de longe era brando. E apenas estes pequenos gestos, eram capazes de denunciar isso à Namjoon. A perna direita tremelicando sem parar, ao mesmo em que Jungkook retirava distraidamente pelinhos de sua faceta, mais propriamente de seu queixo alinhado e maçã rósea, olhando esbugalhadamente para um ponto qualquer no cômodo nem tão grande, malmente piscando. O cheiro que se desprendia pelo ar, também não era de expressar bons sentimentos; demonstrando insegurança e nervosismo, mesmo que não houvesse intenção de posição de ataque vindo de si. O lobo do irmão mais novo, poderia até estar aparentemente inativo naquele instante, mas nem mesmo isso era capaz de fazer Namjoon não entendê-lo somente na base de um olhar sólido em sua direção. Já se passava oito dias desde o ocorrido, ou seja, apenas um dia que Jeon voltara a ter sua consciência. O ômega ruivinho ainda estava passando as noites na casa de seu melhor amigo, Min Yoongi, ligando para Namjoon pelo menos duas vezes por dia, afim de saber o estado de Jungkook. Já que este, recusava-se a atender os telefonemas do mesmo, após ignorar as milhares de mensagens que este também preocupou-se em mandar, mesmo quando este ainda estava no cio.

— Crr... Quantas vezes preciso repetir que está tudo bem, Jungkookie? — Namjoon murmurou sério, questionando-o, quando mais uma vez pegou o moreno silenciosamente remoendo tudo aquilo. — Tem que parar de ficar se remoendo pelos cantos. Sabe que eu não gosto, e não quero te ver assim.

Mesmo que o loiro tivesse deixado explícito que de sua parte, não havousse nenhum sentimento de mágoas ou rancor pelo ferimento grave desferido-lhe ao peito, Jungkook somente parecia ficar se martirizando por tudo aquilo de novo, de novo e de novo, sem fim. Sem sequer se dar um segundo de paz.

— É sério? — O loiro serpenteou os olhos em sua direção, observando-lhe disfarçar, como se fingisse que não estava sequer ouvindo-lhe. Desviando os olhos de sua direção o tempo inteiro. — Quer que eu te trate como um homem de quase 23 anos, mas não acho que ignorar o próprio irmão ou ômega, seja um ato maduro. Se não quer me ouvir, pelo menos responda as mensagens daquele garoto. Não quero ter que ouví-lo choroso no telefone porque não quis falar com ele, sei lá, pela décima vez? Isso não se faz, Jungkook. — Apontou, seriamente. O maxilar espontaneamente travado, pelo que se desenrolava.

Kim voltou sua atenção para o notebook sobre uma almofadinha de fronha listrada em preto e branco em seu colo. Por conta dos inúmeros pontos que levou no peito, estava afastado do trabalho e sendo mantido de repouso absoluto pela profundidade dos cortes. A dor excruciante, era contida por alguns medicamentos analgésicos controlados durante a maior parte do dia, juntamente dos riscos de infecção durante a cicatrização do ferimento grave. Mesmo assim, ainda acompanhava de longe o que podia do trabalho pelo seu notebook. Conferindo principalmente algumas coisas do projeto que dava andamento juntamente de Seokjin e Yoongi. E prontuários de alguns novos pacientes que mereciam uma atenção muito maior e devida. Ômegas que dariam a luz em breve, até mesmo filhotes que precisavam de todo seu auxílio nos primeiros dias de vida. Seokjin cuidava mais da parte financeira, lidando com patrocinadores e apoiadores do projeto, que ainda eram consideravelmente poucos para tamanha necessidade, e Yoongi trabalhava mais no lado emocional de toda a situação, aproveitando para tomar tudo que podia de conhecimento da área. O garoto contou-lhe que, pretendia cursar enfermagem logo após o término do colégio, e por isso tinha um interesse ainda maior de por a mão na massa. E, para Namjoon, passar todo esse tempo afastado de seu cargo voluntário, ajudando a salvar vidas, contaria muito... Cada minuto, já poderia estar fazendo toda diferença para centenas de ômegas e betas. E pensar que, durante algumas longas semanas ficaria preso sob sua casa sendo minunciosamente vigiado por seu pai ômega um tanto preocupado, que insistia em trocar os curativos e sempre cuidar de suas medicações cuidadosamente, para que não se esforçasse...