EPÍLOGO

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ANA CECÍLIA

Um ano depois...



Amor,
Não é doido
Como nós nascemos
Apenas para morrer?
Acredite em mim,
Eu tenho contado as minhas estrelas
Porque eu vou passar o resto da minha vida
Amando você...

I will spend my whole life loving you - Imaginary Future





- Saí para jantar com Dani ontem e foi incrível. Ele está vivendo a vida da melhor forma que pode, ainda tentando ajudar a Poli. Salvatore está todo apaixonado e tem sido engraçado de ver. – Eu falo, abrindo um sorriso. – Gabriel tem uma queda pela Mariana, mas duvido que os dois façam algo sobre isso.

- E o resto do pessoal você já sabe. Nina, Alex e as bebês estão bem, Violeta e Melissa estão mais arteiras do que nunca, e sinto que Nina vai enfartar antes dos quarenta. – Conto, rindo. - Pelo menos a pequena Suzana é um anjinho calmo, então equilibra as coisas para os pais babões.    

- Os meninos estão fazendo shows em tudo quanto é canto agora, e Gabriel se juntou ao Alex e ao Danilo. Eles são bons demais. Não duvido nada que decidam gravar um álbum em algum momento.

- Meu pai está bem, almoçou lá em casa ontem e nem fez careta quando experimentou meu arroz queimado. – Conto, agora gargalhando.

- Danilo tem me irritado nos últimos meses com a superproteção, mas depois de tudo que aconteceu no último ano nem posso culpá-lo, principalmente agora. Mas estamos felizes. Muito felizes. Mais felizes do que eu imaginava ser possível.

- Ainda faço terapia, e agora as coisas estão bem mais fáceis. Viver não dói tanto. Para falar a verdade, na maioria das vezes não dói quase nada.

- Finalmente abri a minha empresa e carreguei Cadu junto comigo. Tem sido muito desafiador, mas tenho dado conta. Acho que não tem preço trabalhar com algo que você acredita com todo o seu coração. E nada disso teria acontecido sem você.

É o que eu digo, tocando a lápide de pedra nobre a minha frente, onde os dizeres "Théo Bittencourt" me encaram de volta. O cemitério está silencioso e completamente pacífico, cheio de árvores e flores e grama curta. Théo foi enterrado ao lado dos seus pais, e essa era a primeira vez que eu vinha visitá-lo.  Demorei muito para tomar essa decisão, mas agora que estou aqui, sei que foi a escolha certa.

- Sem sua herança e sua carta eu nunca teria tido coragem de mergulhar nos meus sonhos e lutar pela vida que eu tenho agora. E eu precisava vir aqui te falar que sinto muito. Sinto muito, Théo, que nós não tenhamos tido nossa segunda chance. Sinto muito que não pude ter sido sua irmã da forma certa. – falo, sentindo as lágrimas nublarem minha visão.

- E obrigada por ter sido honesto. Obrigada por ter tentado se explicar. Espero que você esteja feliz e tenha encontrado tia Carol e tio Otávio. Espero que você não sinta mais dor. Obrigada por tudo, Théo.

Eu termino dizendo, antes de respirar fundo, me recompor e me erguer da grama, ainda olhando para a lápide a minha frente.

- Te vejo logo. – Sussurro, antes de começar a andar em direção a saída, onde Daniel me espera, encostado em seu carro.

Limpo meu rosto e fungo, e entro nos braços estendidos a minha direção. Dani me abraça com carinho e beija minha cabeça.

- Como foi? – Ele pergunta baixinho.

- Muito bom, Pink. – Digo, me afastando. – Foi a decisão certa.

Daniel sorri para mim e concorda com a cabeça.

QUEBRADOS - Irmãos Fiori: Livro II - COMPLETOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora