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Breno

"Bala nos verme, pau nas piranha"

Soltei a fumaça do meu baseado pro alto e me escorei na grade, observando o movimento do baile que tava pocando.

Muita bebida, droga e buceta.

Mec pra caralho, furdunço bom.

Pepê: Tô te entendendo não em parceiro. - Disse fazendo aquelas danças escrotas pra caralho.

No baile o mano é bandido sem postura nenhuma, se foder, mó vergonha da porra.

BM: Coé menor? - Encarei ele, o cuzão tava todo travado de loló.

Pepê: A mina ali rendendo pra tu, tá vendo não pau no cu? Até eu que tô travadão, tô vendo.

Olhei pra loira e fiz careta. Na moral, só a bunda ali é boa.

BM: Alá, tá me achando com cara de São Jorge, arrombado? Vou dar é um tapão no teu peito pra tu ficar esperto.

Ele levantou a mão se afastou, se esse aí toma um tapa no peito, ele cai duro no chão.

Magrinho: Vai se prender nessa fita de beleza pô?

BM: Vou me prender no que porra? No caráter da mina? Fim de carreira hein irmão. - Dei risada, mano otário.

Olhei no meu relógio e vi que já era duas horas da manhã.

Baile tá suave, mas eu tô sem disposição pra porra nenhuma, tô mó afim de ir pro meu barraco bater um rango responsa.

BM: Aê meu mano, tô indo lá pro meu barraco. Responsa é tua, posso confiar? - Falei com Magrinho.

Magrinho: É lógico pô, vai na fé, o pai é brabo e tu tá ligado. - Bateu nas minhas costas.

BM: Encosta na beca nova não caralho, tá chapando? - Reclamei e ele riu - Tô indo, fé. - Fiz o toque com ele.

Magrinho: Fé irmão.

Só acenei pra alguns aliados e sai, tava afim de me despedir de ninguém não.

Algumas me pararam no meio do caminho pra querer trocar ideia e eu já tava na vontade de mandar todo mundo tomar no cu.

Sai da baile, montei na minha moto e parti pra casa.

Cheguei em casa, cumprimentei meus soldados e aproveitei pra dar uma grana pra eles, é aquilo, se vim na pureza, eu deixo fortão.

- Valeu aí chefe. - Agradeceu contando as várias notas de cem.

Só acenei e entrei pra casa.

Desliguei as luzes e televisão que aquela porra deixou ligado e subi pro andar de cima. Passei no quarto dela antes de ir pro meu e ela não tava lá.

Espero que tenha funcionado aquela merda.

E funcionou...

A porta da minha sala de armas tava toda aberta, a mulher até que não é tão burra assim, funcionou certinho, do jeito que eu imaginei.

Manuela é ambiciosa, dá pra ver nos olhos dela. Ela gosta de luxo e poder, e eu só vou dar um empurrão pra isso rolar. Vai ser bom ter ela do nosso lado na facção pô, ainda mais sendo parente do comandante do Bope.

E tem a porra do PCC e da TCP querendo ela pra foder com o comando.

Entrei lá e conferi se não tava faltando nenhuma arma e me arrependi de ter elogiado. A loira é burra pra caralho, não pegou nenhuma pra tentar me ameaçar e se salvar.

Claro que as munições tão escondidas, sou burro não pô, mas queria ver ela agindo.

Neguei com a cabeça e fui pro meu quarto.

Entrei lá e loira tava toda deitadona na minha cama, com os olhos fechados, cantando uma música baixinho.

Tu dá a mão e a pessoa já quer o pé, se foder.

BM: Tá fazendo o que aqui caralho? - Falei e cruzei os braços.

Ela sentou na cama e me encarou com os olhos arregalados.

Manuela: Achei que tu não ia voltar pra casa hoje, desculpa. - Disse com o cu não mão e eu ri.

BM: Tu não tem cama não pô?

Manuela: Uma cama horrível de solteiro e que me deixou traumatizada por causa daquela aranha horrenda. - Fez a maior careta.

BM: Tu não tá num resort de luxo não desgraça, pode parar de caô. - Tirei minha camiseta e peguei minha toalha.

Manuela: Tá bom, mas vou continuar aqui. - Deitou de novo, toda abusada.

Só ignorei ela pra não me estressar, essa daí tem o dom de me deixar puto em segundos.

Lance CriminosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora