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Breno

Abri a janela do quarto e fiquei ali só de marola, na maior insônia do caralho. Tenho essa porra desde a morte da minha mãe, e quando eu durmo, vivo tendo uma pá de pesadelo com aquele dia.

Respirei fundo, aqui do alto a vista da favela e do mar era linda pra caralho, uma das melhores que eu já vi, papo reto.

Minha favela..

Protejo tudo isso nem que seja com a vida!

Manuela: Fecha essa janela, tá ventando Breno e eu tô com frio. - Reclamou se cobrindo.

Essa mina tá me irritando.

BM: Ih garota, fecha o olho e dorme. Ou faz melhor, vai pra porra do teu quarto. - Bufei.

Manuela: Grosso.

Só ignorei ela como eu sempre faço e voltei a olhar pra tudo ao meu redor. Ainda não consigo acreditar que tudo isso é meu, parada sinistra demais.

Me assustei quando a loira apareceu do meu lado do nada, igual um fantasma com o cabelo todo bagunçado.

Ela tava com cara de cachorro sem dono, me encarando com aquele olho azul bonitão.

A mulher é bonita pra caralho, isso eu tenho que admitir. Dá de dez a zero em muitas, porra!

BM: Qual foi agora? - Falei entendido - Sabia que tu é chata demais? - Rolei os olhos.

Manuela: Já me falaram isso algumas vezes. - Riu - Deixa eu fumar? - Pediu se escorando na janela.

BM: E tu sabe fumar? - Ergui as sobrancelhas.

Manuela: Não, mas eu aprendo. - Deu um sorrisinho.

BM: Pega. - Estendi o baseado pra ela - Se tu babar nessa porra, eu apago ele no teu rosto. - Ameacei mermo, odeio pegar baseado todo babado.

Manuela: Que horror. - Pegou o cigarro.

Ela levou ele na boca toda desajeitada e deu um trago, a louca tentou engolir a fumaça e acabou se engasgando.

BM: Não dá mano, tu quer ser braba, mas é burra demais caralho. - Gargalhei alto e bati nas costas dela.

Manuela: Isso é horrível, que ódio. - Disse toda putinha - Narguilé é muito melhor que essa coisa aí.

Fiz careta, narguilé é coisa de otário.

BM: Pode pá burguesinha, vai dormir vai.

Manuela: Ai Breno, deixa de ser chato, eu só quero conversar, faz tempo que eu não tenho uma conversa saudável com alguém. - Choramingou - Tu não é a melhor pessoa pra isso, mas já serve.

Já tava bolado. Porque eu não deixei essa mina se foder lá mermo?

BM: Papo saudável? Vai conversar com um alface
minha filha. - Respondi sem olhar pra ela.

Manuela: Tu é um chato e amargurado. Nunca vai tá de bem com a vida não? - Disse indignada.

BM: Coé, eu vou te arrebentar Manuela. Some daqui vai, cansei de olhar pra tua cara. - Murmurei.

Tô falando, já tô puto nessa desgraça.

Cão de buceta e saia.

E quem disse que ela me obedeceu? Só fez um carão estranho e ficou olhando lá pra fora também, caladinha.

Assim que eu gosto.

Gosto de mina que abaixa a cabeça fácil não.

"Leva ela nos alto pra ela ver o Rio todinho, pega a visão como o Complexo tá lindo"

Manuela: Tu comanda tudo isso? - Perguntou sem me olhar.

BM: Aham.

Manuela: Mas e o Kalel? - Perguntou e eu revirei os olhos.

Odeio conversar e ela por outro lado parece adorar.

BM: Ela só é o chefe do comando vermelho, manda em tudo na facção. - Dei outro trago na minha verdinha.

Manuela: E tu gosta disso tudo? - Apoiou o queixo na mão.

BM: Gosto né porra. Poder, dinheiro e fama, quem não quer isso?

Manuela: Realmente. - Suspirou - E eu vou sair daqui um dia? - Mudou totalmente o assunto.

BM: Vai. Só que morta. - Sorri pra ela.

Manuela: Nossa cara, porque tu não coloca um rojão no cu e vai voando direto pro inferno? - Deu um soco no meu braço.

Fiz careta, a mulher tem meio metro de altura, mas tem força pra caralho.

BM: Se eu te devolver tu não vai gostar hein. - Olhei nos olhos dela.

Manuela: Devolve seu escroto. - Se aproximou de mim e falou com a boca próxima da minha.

Ih alá, fiquei de pau duro.

Levei minha mão até sua nuca e puxei seu cabelo com uma certa força pra trás. Manuela fechou os olhos e passou a língua no lábio.

BM: Olha pra mim! - Mandei, gosto do bagulho olho a olho pô.

Ela abriu os olhos e me encarou, fiquei todo arrepiado nessa porra, mulher nenhuma me deixou assim.

Nem falei mais nada, só puxei seu rosto pra perto do meu e beijei tua boca. Como já era esperado ela retribuiu e caralho, que beijo bom da porra.

Desci minha mão pra cintura fina dela e puxei ela pra mais perto de mim. Embolei seu cabelo na minha mão e brinquei com a língua dela.

Manuela mordeu meu lábio inferior e se afastou de mim com a maior cara de safada.

Manuela: A hora que eu tiver afim eu te chamo. - Piscou pra mim e saiu rebolando aquela bunda maravilhosa pra fora do quarto.

Filha da puta desgraçada, mó caô da porra.

BM: Sua maldita, olha como tu me deixou. - Passei a mão no meu pau por cima do short.

Manuela: Tu tem duas mãos, bate uma punhetinha meu querido. - Gritou.

É o cão de buceta e saia mermo.

Mas isso não vai ficar assim não, a nega me atiçou e me deixou na mão, tá suave.

Na melhor eu vou fazer o mermo.

Respirei fundo e fui pro banheiro, não fiquei de pau duro atoa não.

Lance CriminosoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora