ManuelaErgui às sobrancelhas quando entrei no lugar que os tais chefes da facção faziam suas reuniões. A sala estava cheia de prostitutas, dinheiro, armas e bebida da mais cara.
Eles gostavam de ostentar tudo que tinham e não escondiam isso de ninguém.
Só conseguia pensar nas mulheres que se relacionava com eles, as fiéis no caso. Agora eu entendi o motivo de não ser permitido a entrada delas aqui.
É ridículo? Sim. Mas fazer o que.
- Eaí loira, Manuela né? - Um cara apareceu na minha frente, me tirando do meu devaneio.
Bonito, porém velho.
Manuela: Eu mesma. - Forcei um sorriso.
- Tu é a cara do teu pai. O mano era gente boa pra caralho, pena que foi burro no bagulho. - Falou e eu encarei ele confusa.
Quando eu ia abrir a minha boca pra perguntar de onde ele conhecia o meu pai, o Breno entrou na frente do cara.
A cara dele não tava boa.
BM: Some daqui seda, na moral mermo. - Disse encarando o homem.
Seda: Ih pô, foi malzão. - Ergueu as mãos e saiu.
Olhei indignada pro Breno, o que deu nele?
Manuela: Cada dia que passa eu chego a conclusão que tu é maluco. - Suspirei irritada.
Ele não disse nada só fez gesto para eu calar a boca.
Respirei bem fundo quando os caras começaram a me bombardear de informações que pra mim eram consideradas importantes. Eles não diriam todas essas coisas se não tivessem algum interesse.
Até de coisas sobre o Vicente eu fiquei sabendo.
O que me chocou foi saber que à anos atrás, ele era integrante do comando vermelho. Vicente era o braço direito de um tal de Gordo e no final das contas, ele acabou roubando trezentos mil reais do amigo.
Vicente obviamente fugiu e foi aí que ele entrou para o Batalhão de Operações Policiais Especiais. Ele sabia que aqui no Rio de Janeiro ele morria sem proteção, então resolveu se aliar ao PCC também.
Só não sabia o que eu tinha a ver com tudo isso.
Eles estavam me tratando como um prêmio, como se eu valesse muita coisa pra ambas facções.
Manuela: Eu não tô entendendo nada. Me expliquem o que eu tenho a ver com isso? E porque eu ajudaria vocês? - Cruzei minhas pernas em nervosismo.
Olhei pro Breno e ele só concordou com a cabeça.
- Gordo, satisfação. - Estendeu a mão pra mim e eu apertei - Tu vale mais do que sabe loira, mas isso tu ainda vai descobrir. - Disse de uma forma estranha.
Kalel: E quando tu descobrir toda a verdade sobre aquele verme, tu vai querer isso também, papo reto mermo. - Falou com uma mulher sentada no seu colo.
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Lance Criminoso
RomanceVocê foi um ladrão, roubou meu coração e eu fui a sua vítima mais inocente. O mesmo amor que me faz delirar, é o que instala em mim a dor... "Ela gosta de um ritmo louco, de um lance criminoso"