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Louis Partridge. 𝓅ℴ𝒾𝓃𝓉 ℴ𝒻 𝓋𝒾ℯ𝓌
Los Angeles, Califórnia - USA

-Esse sangue todo é seu?-Pergunto a S/n guiando o carro ao lado dela o mais lento que posso, já que ela rasteja igual uma tartaruga enquanto manca, assim que eu vi todo esse sangue nela eu me assustei, ela havia aprontado uma das grandes, e se eu descobrir posso usar a meu favor.

-Você acha que eu estaria viva se esse sangue todo fosse meu?-Ela diz sarcástica sem me olhar enquanto caminha com uma bolsa preta em sua mão.

Ouço barulho de sirenes e S/n fica alerta procurando um lugar para se esconder, mas a rua que dobramos era muito iluminada, ela tenta caminhar mais rápido e consequentemente mancando mais frequente.

-Entra no carro.-Falo sem perguntar sua opinião, a qual eu não dava a mínima, talvez se eu conseguir levá-la até a mansão eu consiga arrancar algo dessa vadia.

-Você só pode ter pirrado.-Ela fala me olhando com atenção por conta da minha audácia.

-Você quer ser pega ou não? Entra na porra do carro.-Ela olha rápido pra trás, o barulho das sirenes se aproximavam, mostrando a chegada iminente dos policiais.

S/n bufa e anda pela frente do carro soltando um gemido de dor e colocando a mão na barriga, ela tava bastante fodida, pelo menos é o que aparenta, ela adentra o carro, e eu não espero ela nem fechar a porta direito e acelero o máximo que posso.

Eu não posso levar essa vadia acordada para minha mansão, ela irá gravar todo o caminho, mesmo que minha casa não seja um esconderijo, eu não quero mostrá-la para ela de mão beijada, nunca se sabe o que essa louca pode fazer.

O barulho das sirenes já não era mais audível e um silêncio ensurdecedor foi quebrado por um ar abafado que sai da boca de S/n assim que ela tenta se ajeitar no banco, como se todos os seus músculos estivessem doendo, vejo o banco todo sujo de sangue de quem quer que seja que ela matou, porra, meu banco.

-Vou mandar meu carro pra sua casa, pra limpar toda a sujeira que você está fazendo.-Ela só concorda de olhos fechados com a cabeça tombada na janela e eu estranho, estranho ela não ser sarcástica, irônica ou grosseira como normalmente, seus batimentos parecem estarem calmos demais, ela havia desmaiado? levanto sua blusa e vejo um puta corte em seu abdômen, acompanhados de diversos cortes inofensivos ao redor do resto do corpo, parece que o sangue também é dela, filha da puta vai sangrar até a morte no meu carro, e a morte não vai ser pelas minhas mãos, porra nenhuma.

Freio o carro bruscamente no meio da rua, já estávamos na retirada da cidade sem carro nenhum mais em nossa visão, tiro o casaco preto de moletom dela e vejo mais um corte fundo em seu braço, puta merda, o casaco é muito grosso para eu amarrar em seu braço para estancar um pouco do sangue, tiro sua blusa e rasgo uma tira para amarrar, mas não serve de porra nenhuma, a blusa estava tão rasgada de corte de faca e ensopada de sangue que só faltava se desmanchar.

-Filha da puta só da trabalho.-Resmungo tirando minha camiseta branca a manchando de sangue que está em minhas mãos, rasgo uma tira e amarro em seu braço, dando pressão a ferida e diminuindo um pouco o fluxo de sangue, procuro por mais cortes fundos em seu corpo antes de ficar no corte de seu abdômen, o que era mais difícil de estancar, havia um corte em sua perna e próximo dele um tiro de raspão, como essa filha da puta tá viva? e ainda estava caminhando até seu carro, tenho que admitir, um inimigo a altura.

Rasgo mais uma tira da camisa e amarro em sua perna, ela não tem reação nenhuma, completamente desmaiada, enrolo o pano que sobra e flexiono forçando em seu abdômen, pego seu casaco e enrolo na cintura dela junto com o resto da blusa, ela me paga, não sou seu empregado nem seu anjo da guarda para estar salvando sua vida, percebo que voltei a dirigir só com uma mão e a outra forçando seu machucado, mas que porra.

Power War- 𝐿𝑂𝑈𝐼𝑆 𝑃𝐴𝑅𝑇𝑅𝐼𝐷𝐺𝐸Onde as histórias ganham vida. Descobre agora