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TW: O capítulo haverá assunto problemáticos, entre ele; tortura (explícita),, uso de drogas ilícitas, entre outras temáticas, minha recomendação como autora e escritora é que caso você seja uma pessoa sensível a certas temáticas não leia, mas fica a critério de cada leitor a ler o capitulo. Reforçando que eu não estou incentivando absolutamente nenhum leitor a fazer esse tipo de coisa, tudo o que irá acontecer aqui é fictício, então não comentem coisas desnecessárias que irá chatear alguma das autoras.

S/N Hossler. 𝓅ℴ𝒾𝓃𝓉 ℴ𝒻 𝓋𝒾ℯ𝓌
Los Angeles, Califórnia - USA

Dois dias desde a reunião com Louis, ele estava tão ruim quanto eu, suas olheiras profundas, as maçãs de seu rosto mais visíveis, e seus braços... seus braços roxos onde ele injeta, percebi assim que ele começou a mexer na papelada, ergueu as mangas, coisa que ele não costuma usar, já que vive de camiseta, mas então, então seu braço estava com marcas roxas, diversas, ele estava injetando frequentemente, e isso fez meu coração palpitar dentro do peito, eu quero sentir algo  além do caos, da guerra. eu quero sentir algo  além do mundo a minha volta.

Ele ligou, durante esses dois dias, não atendi nenhuma vez, é melhor assim, porque depois que ele foi embora e não tentou voltar, ficou claro que nunca fez questão de ficar. Ele fez como os outros, mesmo não sendo eles. doeu ainda mais, por ser você.

— Emily! — Merda! Onde está minha camisa. — EMILY! — Só Emily para saber onde está minhas roupas, nesses últimos dias ando perdida.

Onde está essa mulher? Arrumo meu roupão e começo a descer as escadas resmungando pelo piso gelado em meus pés, como ela não me ouviu gritar, desço o último degrau das escadas e quase tropeço quando levanto o olhar vendo um carrinho de madeira no meio da casa cheio de rosas vermelhas peculiares, não é como aquelas que compramos, são diferentes, mais vivas.

— O que é isso? — Pergunto vendo Emily olhando extasiada para as rosas e então ela parece acordar ao ouvir minha voz.

— O senhor Partridge mandou que entregasse. — Diz maravilhada, seus olhos irradiavam luz olhando apaixonada para as flores.

— Tire isso da minha sala, não quero flores que eu mesma possa comprar. — Digo com desgosto e ela fecha seu rosto me olhando incrédula.

Rosas? Rosas que eu mesma posso comprar? Rosas para pedir desculpa pelos seus erros, eu não quero essas rosas que irão me fazer lembrar dele, eu não quero esse ato de carinho que irá me fazer lembrar dos momentos ruins e me fazer esquecer a dor que ele me fez sentir, eu não posso, e acho que a maior aflição que estou sentindo, é porque estou sentindo o mesmo sentimento bom de antes, o mesmo que me fez quebrar a cara, e que machuca pra caralho, eu não quero sentir de novo.

— Veio um bilhete junto. — EMILY diz me ignorando e me entrega um bilhete com cor rosa envelhecido.

Pego o mesmo e abro sentindo o coração apertar vendo a escrita conhecida, mais delicada que o normal, mostrando que teve cuidado em escrever, passo o indicador de leve pelas palavras sentindo a caligrafia e o odor de seu perfume impregnado no papel, uma vontade de chorar me inunda mas eu seguro as lágrimas, sentindo os olhos queimarem em meio ao choro engolido.


Não te entregaria rosas que você mesma pudesse comprar, por isso roubei mil rosas para você.

Ps: A prova viva é meu sangue nos espinhos das rosas.

Inspiro todos o ar que eu posso em uma lentidão exagerada, não posso me deixar afetar, não quero. Mas quando vejo já estava caminhando em direção as rosas, pego uma aproximando sentindo o cheiro das pétalas, recém colhidas, recém apanhadas, o cheiro ainda é marcante, olho o caule vendo uma gota de sangue seco no espinho da rosa, ele realmente roubou, pego outra mais no meio do monte de roseiras e vejo mais do sangue seco no caule.

Power War- 𝐿𝑂𝑈𝐼𝑆 𝑃𝐴𝑅𝑇𝑅𝐼𝐷𝐺𝐸Onde as histórias ganham vida. Descobre agora