KISS

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Jake se alinhou em baixo dos cobertores, enquanto via S/n caminhar até o banheiro e apagar a luz, vindo até a cama logo em seguida. Ela sorriu pra ele e se enfiou em baixo dos cobertores, se alinhando ao corpo de Jake. O homem passou seu braço em baixo da cabeça dela e ela colocou sua cabeça sobre o peitoral dele, apoiando sua mão sobre o abdômen do mesmo. Os dedos de Jake massagearam as madeixas da mulher, a fazendo relaxar rente ao corpo dele.

- A Nancy veio até mim hoje. - S/n disse movendo seus dedos pelo abdômen de Jake.

- Ela te disse alguma coisa ofensiva?! - Jake indagou com preocupação.

- Não, na verdade ela me pediu desculpas e me contou sobre o problema com o pai. - S/n olhando para Jake. - Me contou também sobre como vocês terminaram.

Jake puxou o ar afundando sua cabeça no travesseiro. Realmente não é o maior fã desse assunto, ainda mais quando acontece entre ele e S/n. Sempre lhe parece meio estranho falar sobre isso.

- Que bom que ela te pediu desculpas. - Jake olhou para S/n.

- Bom, já é um grande passo. Ela mencionou também que você disse a ela que sentiu uma ótima energia comigo, na primeira vez em que nos falamos. - S/n sorriu se ajeitando ao lado de Jake. - É verdade, Donfort?

Jake a olhou e não pode evitar o sorriso tímido que escapou em seus lábios. Mentira não era. Desde a primeira vez em que conversou com a mulher pode sentir uma forte energia, quero dizer, a conversa fluía com tanta facilidade entre eles, o sentimento de conforto esteve sempre presente na conversa, a confiança cresceu de forma natural entre eles e ele se sentia a vontade para falar com ela. O que no começo foi assustador para Jake, já que o mesmo não se envolvia com ninguém dessa forma desde o seu último namoro na adolescência e ainda não se sentia pronto para dar esse passo. Estar se sentindo bem ao lado de uma mulher novamente era assustador, confiar em uma mulher pra ele era impossível a ideia, desenvolver sentimentos estava fora de questão para o hacker. Mas ela chegou da melhor maneira possível, foi paciente, mostrou pra ele que ele poderia confiar nela, podia conversar com ela sobre qualquer coisa, conta com ela, porque ela estaria ali por ele e faria isso por quanto tempo ele permitisse. Após Nancy duvidou muito que existisse outra, pra ele Nancy era a única que ele poderia amar, a única que poderia despertar tamanho sentimentos no homem, a única para seus olhos. Mas não poderia estar mais errado, mal sabia que alguém fascinante estava a espera dele e o faria se sentir o homem mais feliz do mundo, o mais sortudo. A única para ele, desenhada somente pra ele e apenas isso. Almas gêmeas.

- Quem te garante que ela não mentiu? - Jake perguntou acariciando o ombro da mulher.

- Te conhecendo bem, posso afirmar que é impossível ela ter dito isso da boca pra fora. - a mulher sorriu divertida tocando o rosto de Jake. - E vamos combinar que você não é muito discreto, amor.

Jake revirou seus olhos sorrindo, rolando por cima da mulher e apoiou suas mãos ao lado da cabeça dela. S/n esboçou um sorriso caloroso segurando firme o rosto de Jake entre suas mãos. Jake olhou nos olhos dela antes de beijá-la com paixão, acariciando seus lábios aos dela, se encaixando sobre o corpo da mesma. Os lábios dela beijaram lentamente os de Jake, aproveitando a sensação de leveza ao beijá-lo com tanta ternura, os lábios se encaixavam com tanta facilidade que pareciam uma engrenagem, tal engrenagem que despertava as mais puras e sinceras sensações. Jake tocou o rosto da mulher com uma mão, sentindo os braços dela rodearem seu pescoço e a língua da mesma adentrar sua boca, aprofundando o beijo, passando sua língua sobre a dele, recolhendo seu gosto e se degustando disso com vontade. O beijo era envolvido por paixão, ternura, desejo, luxúria e amor, a melhor combinação para dois amantes. Amantes de corpo e alma. A conexão que os exala é mais forte do que qualquer coisa que já tenham sentido antes em suas vidas, uma conexão que vai além de contato físico, além do toque, apesar do toque de quem amamos seja essencial, quase como o ar que precisamos para respirar, eles não precisavam estar necessariamente se tocando, um olhar e tudo estava dito. Às vezes até no silêncio eles conseguiam se comunicar um com o outro, e isso sem sombras de dúvidas era o que mais importava. Jamais poderiam perder essa conexão, se a perdessem, então tudo estava devidamente perdido.

𝐈𝐍 𝐓𝐇𝐄 𝐃𝐀𝐑𝐊 Where stories live. Discover now