1° Capítulo.💭

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Sexta- feira,

A festa estava apenas começando, a galera animada e geral bebendo e dançando, alguns por alí fumando um nargas, e eu por alí de boa, enquanto a bebida não pegar eu não me ânimo, meu nome é Karla e vou contar tudo que aconteceu nessa festa pra vocês!
Depois de duas cervejas eu já fico animada, sou fraca pra bebida e começo a dançar eu solto a safada que tem dentro de mim porque normalmente pago de santa, na verdade eu sou tímida, a bebida me ajuda a me soltar.
Dançava aquele funk que tocava ao lado da minha amiga Ingrid.
A Ingrid ficava com um cara gato já a algum tempo, sabe aquele estilo vagabundo e ele era, todo trajado de Nike e eu sempre achei ele bonito e a Ingrid também era uma gata, o nome dele era Jefferson, ou Jefinho para os mais próximos.
Curtimos a noite ela ficou com ele e eu fui para minha casa.
Na volta pra minha casa sozinha tava um pouco esquisito, não tinha muita gente na rua , eu apressava os passos porquê o medo que tava dando não era normal, e eu estava cheia de álcool na mente, mas se eu estava com medo do pior é porquê estava sentindo, no caminho tinha um lugar bem escuro um armazém abandonado e infelizmente eu tinha que passar por lá pra chegar na minha casa, e fui com a cara e a coragem!
Eu senti a presença de alguém olhei algumas vezes pra trás e eu não consegui ver nada, até que sinto alguém me puxar com força, tapando minha boca, não consigo ver mais pela força notei que era um homem, mordi sua mão e comecei a gritar muito, desesperadamente e espernear usando todas as minhas forças e por Deus alguém apareceu, eu só ouvi algumas palavras como:
- Solta a garota vagabundo!
E depois só ouvi o barulho de tiro e eu caindo no chão, mas ao mesmo tempo alguém me pegando, o sangue espirrou em  mim, foi tudo tão rápido que quando olho só vejo um corpo no chão e ao meu lado alguns homens.
E eu não sei o que fazer começo a gritar feito louca e a chorar desesperadamente, um desses caras tenta me acalmar enquanto o outro pede pra me levarem, esse cara pergunta onde eu moro e eu não consigo nem se quer falar,
- A mina tá assustada cara!
- Oh fia, até entendo seu susto mas não posso ficar com vc aqui não, já fiz o que tinha que fazer.
- Garota onde você mora ou onde quer ficar?
Só sinto o movimento do carro, estou paralisada, e as lágrimas ainda correm no meu rosto, mas tenho ação de pedir pra que me deixem no hospital do bairro, pois minha mãe trabalha lá e ela estava de plantão essa noite e assim eles fazem me deixando em frente ao hospital, quando o que está sentado no carona olha pra mim depois que desço e pronuncia
- Se cuida mina!
Olho pra trás e noto seu rosto olhando pra mim e logo em seguida dão partida em alta velocidade.
Entro no hospital e procuro minha mãe, ela é enfermeira a anos  e quando ela me ver toda suja de sangue e descabelada se desespera, depois muito choro, tento explicar o que aconteceu e ela me leva até o médico de plantão que me examina e ver que está tudo bem comigo, graças a Deus!

....

Alguns dias depois do inscidente.
Estou traumatizada ainda, todos já sabiam do que tinham acontecido, minha família, a família da Ingrid, os amigos próximos e todos estavam comovidos pelo o que havia acontecido, mas eu só queria voltar a vida normal e poder sair pra trabalhar e sair pra outras coisas também, só que o medo me dominava, comecei a sair aos poucos próximo de casa, ir no mercadinho ali perto, na casa da Ingrid que também era próximo, mas ainda não havia voltado a trabalhar.
Eu tinha uma lojinha em parceria com a Ingrid, uma loja de acessórios e maquiagem!
Resolvemos tentar trabalhar pra nós mesmas, sermos empreendedoras e estava dando certo.
Não era uma loja enorme, estávamos começando, mas era nosso, do nosso esforço!
A Ingrid tava segurando as pontas esses dias que eu não estava bem, e na moral o que seria de mim sem ela!
O único defeito da Ingrid era se achar demais, ela se convencia muito e as vezes isso irritava, mas eu sabia que ela era assim por causa do signo, leonina já viu né, se acham o centro do mundo!
Mas ela tem um grande coração, já sofreu muito por ser criada por seus tios, e por ser a única negra em uma família branca, fora encarar a sociedade preconceituosa.
Por isso ela sempre batalhou desde adolescente pelo o dela.

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