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Passaram-se mais alguns meses e a Fernanda não veio mais me ver, a Ingrid passou uns tempos sem vim visitar o Jeffin, mas já voltou a ver ele, depois que teve o bebê, só que ainda não trouxe o moleque pra o Jeffin ver, até porquê aqui não é lugar muito bom pra criança, a Ingrid trouxe algumas coisas pra mim e me entregou umas fotos, quando olho é umas fotos da Karla grávida.
Não procurei saber nada mais sobre a Karla e essa gravidez tava querendo fugir desse assunto.
Sabia por alto alguma coisa que o Jeffin comentava que a mulher dele falava pra ele.
Esse bagulho mexia comigo e eu prefiro evitar mexer com sentimentos.
Só tinha passado a visão pro Pelé dá toda assistência financeira pra ela e pro bebê, só que ela rejeitou, então não posso fazer nada.

Aquelas fotos me chamam atenção, eu fico ali olhando como minha mulher é linda e esperando um moleque meu , é eu já sabia que era menino, a Ingrid trouxe o resultado pra mim.
E eu sabia também que ela não tinha arrumado ninguém, talvez não estivesse me esperando ou talvez estivesse.

Fico com as fotos pra mim e volto pra cela, vou ligar pra ela, depois desse tempo todo, eu tô pensando em ligar.
Já tinha o número dela salvo no celular que eu consegui, só que era a primeira vez que eu ia ligar.

Telefone chamando 📞📞📞📞

Karla : Alô !

Nando : E aí Loira?

O silêncio toma conta por alguns instantes e só ouço sua respiração.

Nando: Aí Karla...

Karla: Nando! ( Fala surpresa)

Nando: Não esqueceu da minha voz né.

Karla: Como... Como você tá me ligando?

Nando: Já te falei que consigo tudo que quero.
Mas e aí como tá nosso filho?

O silêncio reina novamente e a ligação cai, ela desligou.
Fico puto, mas entendi que ela não quer papo comigo, mesmo bolado fico olhando aquelas fotos e admirando.
A sensação de tá ali dentro daquela jaula longe de tudo e sem poder acompanhar o meu filho tava me deixando com a cabeça a mil, mas eu não tinha muito o que fazer.

...

Passaram-se 1 ano e 6 meses de prisão!

Dia de visita e pra mim nem faz diferença mais, as vezes a Fê vem e as vezes não, e pra mim já tô ficando maluco dentro dessa porra e o bagulho vai ser fugir daqui mesmo, advogado nenhum dava jeito no meu caso e eu já tô de saco cheio em dá dinheiro pra essas porra que não conseguem me tirar desse caralho.
Já sabia que meu moleque tinha nascido, tentei ligar pra Karla mas ela trocou de número, vacilona não quer nenhum contato comigo, fiquei malzão quando soube que meu moleque tinha nascido, chorei feito criança, fiquei malucão, nem foto dele eu tinha visto ainda.

Tava sentado por alí fumando e tomando um vento, enquanto observava os outros presos encontrarem seus familiares, quando vejo a Fernanda vim, só que dessa vez ela tava acompanhada, do lado dela vinha uma loira do cabelo grande com uma criança nos braços, e a Fê vinha toda sorridente em minha direção, eu não tava acreditando no que eu tava vendo, mano é a Karla, perdi minha postura total.

Fernanda :
- Bom dia Fernando! (Fala sorrindo)

Neste momento eu nem consigo responder nada só sei olhar pra aquela criança, meu filho na minha frente, eu nunca que esperava ver ele, logo aqui nesse inferno, meus olhos encheu de lágrimas e eu já tava todo bobo, eu nem sabia como reagir.
A Karla olhava pra mim toda emocionada e  eu baixei a cabeça porquê não conseguia nem olhar pra ela.
A Fê veio me abraçar tentando me consolar e eu só sabia chorar com a cabeça baixa naquela mesa.

Karla:
- Eu trouxe seu filho pra você conhecer Fernando.

- Você quer pegar ele no colo?!

Fernanda:

- Vem Nando, vem conhecer seu filho.

Ela pegou na minha mão e eu me levantei todo sem jeito e fui próximo da Karla.

Nando:

- Eu não... não sei segurar...

Karla:

- Eu te ajudo, devagarinho.

E ela foi me dando o bebê que me olhava atentamente com aqueles olhinhos que trazia tanta inocência e luz, foi quando ele tava totalmente em meus braços e aí eu só soube chorar ainda mais abraçado ao meu filho.

Destino Where stories live. Discover now