Capítulo 31.

4.9K 453 46
                                    

Havia uma mão forte segurando a minha cintura, me prendendo no colchão, a respiração de Christopher por um motivo ainda não descoberto me ajudava a dormir, hoje foi bem diferente...esse filho da mãe não parou de roncar desde que bateu a cabeça no travesseiro.

Tira o braço pesado de mim sem acordar ele foi quase uma missão impossível, a cada movimento ele apertava ainda mais. Mas com determinação tudo tem jeito, fazendo o mínimo de barulho possível fui em direção a cozinha, nas minhas tentativas frustradas de dormir a fome já me consumia, já era quase três da madrugada e eu já tinha perdido meu sono mesmo.

- Vamos, aonde foi que eu guardei...Ah tá aí. - Pizza, umas das maravilhas criadas pela humanidade, não poderia ter lanche melhor a essa hora.

Coloquei alguns pedaços no microondas, enquanto abria a geladeira de novo para procurar alguma coisa para beber. Nos últimos dias desde que voltamos para casa as coisa estavam bem, o meu trabalho já estava ótimo e finalmente eu descobri o que queria fazer, na próxima semana minhas aulas na faculdade começam é eu não poderia está mas nervosa...claro as coisas estariam melhores se não fosse a briga que James e Christopher tiveram a dois dias, os Lancaster sendo o principal motivo, com um contrato fechado era cada vez mas comum tê-los na casa dos Cross's... nem tô querendo lembrar do almoço de domingo, quando Christopher ver eles...a coisa pode ficar feia.

Enquanto esperava ficar pronta, senti as típicas mãos dele deslizando pela minha cintura me fazendo aproximar mas de seu corpo quente, o rosto estava contra a minha cabeça mergulhando no meu cabelo bagunçado.

- Porque saiu da cama, me deixou sozinho ? - A voz rouca e profunda manchada pelo sono preencheu o silêncio.

- Fome... é esse seu ronco não me deixava dormir. - Respondi segurando nas mãos deles, brincando com os dedos.

- Eu não ronco. Nunca.

- Olha, você tava roncando...parecia um trator tô achando que você precisar ir ao médico, tava muito alto. - O carinho em meu pescoço deu lugar a beijos suaves.

- Estou um pouco cansado, pode ser por isso... são dez para três da manhã, pequena, você vai comer pizza a essa hora ?

- Eu tô com fome, você quer um pedaço ? Porque eu acho que esquentei muito...mas talvez eu consiga comer.

- Humm, ficar para a próxima...mas vou esperar você. - Ele encostou na bancada da cozinha, enquanto eu admirava...esse homem é uma tentação só com essa cueca.

- Vou comer, depois eu vou para cama, pode ir dormir.

- Não, eu espero... não estou com muito sono de qualquer maneira. - Era uma óbvia mentira, mas eu sabia o motivo disso.

Pegando o prato sentei ao lado dele na na bancada, deixando minha cabeça em seu ombro.

- Também não consigo dormir sem você, Alfa. - Disse quando terminei de engolir.

- Eu não posso negar, afinal você está certa, ômega.

- E eu tenho esse hábito irritante, sempre estou certa.

- Termine, amanhã será um dia cheio...vamos tentar não chegar atrasados dessa vez, minha mãe odeia quando atrasamos. - Ele me encarou, em uma expressão como se disse que eu era o motivo.

- Tá insinuando que a culpa é minha... não sou eu quem dirige como uma tartaruga, nunca vi alguém com tão pouca energia às onze da manhã.

- Você é uma péssima esposa, pequena. - Ele bufou antes de começar a rir.

- É você é um péssimo motorista, meu amor.

------

Eu definitivamente não gostava dela, na verdade era quase como voltar a viver com a Alicia, só que essa estava mais disposta a tirar ele de mim. Leah era uma maldita...uma maldita perfeita, gentil e linda entretanto uma cobra mortal. Além de envolver as pessoas em seus dedos, a cascavel tinha gosto por manipular... o irmão não ficava muito atrás.

O AlfaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora