Capítulo 41.

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Christopher

Estava ensolarado, na realidade o sol brilhava em meio ao céu azul, mas ainda sim havia uma brisa gostosa em meio aquela campina.

- Você está bem longe de casa, Christopher. - Um sussurro soou ao meu lado.

- Izabelle ? Você...o que aconteceu ?

- Não.. eu não sou a minha filha, sou Mia, sua sogra por mais estranho que isso pareça.

- Estou sonhando... porque com você ? Que lugar é esse ?

- Muitas perguntas em pouco tempo não acha...bem não sei exatamente porque me escolheram, mas esse lugar é familiar para você afinal você e os seus irmãos corriam muito por aqui.

- Nossa casa de campo em Londres...eu lembro daqui, faz anos que não a visito.

- É um lindo lugar, você deveria ter trazido a minha Izabelle aqui...tenho certeza que ela adoraria esse lugar.

- É ela vai....mas o que é aquilo ? - Havia um breu perto da linha das árvores, uma escuridão que engolia toda a luz.

- Aquele é a morte...fim da vida.

- Estou morto ??! Pela Lua, eu morri. - Sentir um desespero tomar conta de mim.

- Não, garoto tolo... seu coração ainda bate, seu cérebro ainda funciona, você ainda está vivo. Quando chegamos aqui temos algumas escolhas a fazer, podemos ir ou voltar para a vida, eu fui enviada para contar a você.

- Escolher entre a vida e a morte, parece um questão simples não é..

- Alguns escolhem morrer, as vezes a dor era demais...o cansaço havia tomado conta de um ser, a vida não era mais desejada. Minha filha já pensou em desistir sabia ?? Ela tinha cerca de quatorze anos quando aconteceu.

- Izabelle já... não.. ela é tão cheia de vida, ela não desistiria de viver.

- Ela estava cansada Christopher, a dor tomou conta, mas graças ao seu avô ela não desistiu.

- Meu avô ?? Não faz sentido, você deveria ter aparecido para ela...meu avô para mim...por que meu avô, eles nunca se conheceram.

- Não escolhemos, Christopher...Mas você e Izabelle..meu querido, vocês estão, destinados um ao outro. Desde o primeiro suspiro, você sentiu quando ela veio a esse mundo, sentiu quando a vida dela começou. Nossa missão era garantir que se encontrassem, que vivessem para se unir.

- Porque ?? Eu a amo, mas nunca havia acreditando em companheiros destinados.

- Christopher, vocês já se encontraram em outras vidas...levou cem anos para que as sua almas voltassem a ser encontrar.. esse amor já existiu, só ficou mas forte com vocês.

- Isso parece loucura, eu devo ter batido a cabeça com muita força.

Ela riu, não pude deixar de notar que sua risada era parecida com a da Izabelle.

- Quase isso...sabe foi um alívio quando vocês se encontraram, ela nem sabia mas já amava você desde o primeiro instante. Ela é muito teimosa para admitir, isso ela puxou do pai.

- É ela é...eu não preciso ir não é... quero viver, preciso estar com ela. - Olhei para a escuridão, é um arrepiou cruzou minha coluna.

- Você vai, ainda tem muita coisa no caminho de vocês...cuide dela Christopher o futuro de vocês precisa ser comprimido desda vez.

- O que quer dizer ??

- Isso vocês precisaram descobrir sozinhos...mas a luz da Lua brilhará sobre vocês...Precisa acorda agora.

- O que ?

- Precisa acorda, Christopher !!

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Izabelle

Era irônico né.. quando eu finalmente encontrei alguém que realmente podesse amar, me encontro tão perto de perde-lo. Só uma viagem, era só uma viagem não era para o meu marido para em uma cama de hospital.

- Izabelle..Hey, vamos lá você tem comer alguma coisa, ele vai ficar bem. - Verônica, ela não saiu do meu lado desde chegamos a Londres..nem ela, Amélia e até a Larissa ficaram aqui.

- Eu não tô com fome...tá tudo bem Vê eu estou bem.

- Não você não está...você não come, não dorme.. Izabelle, ele não iria gostar de ver você assim. Você está parecendo um cadáver, está quase pior que ele.

- Tá bom, acho que vou comer algo...a Lari tá aqui ainda ?. - Antes que ela respondesse Amélia entrou, ainda havia preocupação e tristeza em seu olhar mas nada comparado aos primeiros dias.

- Ela vai levar você para casa, é a senhorita vai tomar um banho e comer algo bem saudável... é dormir por alguma horas e nem me olhe assim, isso não é negociável. - Amélia disse já sentando na cadeira onde eu estava. - James está com ela, ele quer acompanhar vocês duas..a Lua sabe que ele precisa descansar também.

Acenei com a cabeça, já indo para fora do quarto...eu odeio deixar ele, tem sido tô ruim, difícil. É quase como perde uma parte de mim, essa angústia de não saber o dia de amanhã e quando ele vai acordar.

- Vamo lá garota. - Larissa segurou meu braço, quase em um abraço nos guiando em direção a saída. - Então o que quer comer ?? Podemos comprar qualquer coisa pra você.

- Eu não tô com muita vontade de comer agora...poder ser um sanduíche, qualquer coisa.

- Ok sem problemas, quer alguma sobremesa ?

- Não...

O resto do caminho foi em silêncio, James também não estava querendo falar. Ultimamente ele tem passado bastante tempo no hospital, com Oliver e Hugo cuidando dos negócios no Brasil, Charles e Amélia voltaram para Londres para ficar perto do Chris, Daniel chegaria amanhã. Somente Lily ficou, com duas crianças não era muito aconselhável ela vim, não nesse clima que está.

Assim que chegamos me atirei no sofá, ir para cama não estava nos meus planos...era difícil dormir lá, os pesadelos sobre perde-lo me perseguiam lá.

- Você tem descansar direito, não dormir duas horas aqui e voltar para o hospital. - James sentou ao meu lado, o terno havia sumido assim como os sapatos sociais.

- Humm vai me dizer que você também não tem feito isso...eu não quero dormir muito, preciso voltar o quanto antes para ele.

- Ele sabe que você estava lá...mas se você adoecer não vai facilitar em nada..fale comigo Izabelle.

- Eu não sou a melhor pessoa para falar agora...eu não sei se quero conversar sobre isso.

- Eu estava no escritório...parecia um pesadelo, quando Theo ligou é falou sobre o acidente.

- Eu...e-eu não...droga, eu senti que algo estava errado, foi como se alguma coisa estivesse rompendo dentro de mim, passei quase uma hora tentando... tentando entender o que era. Quando Oliver chegou e me disse sobre o acidente...eu pensei que morreria ali mesmo...e-era para ele está em casa... devíamos escolher o presente pro bebê..e-ele disse q-que era só alguns dias... não era pra isso acontecer... não devia ter acontecido...- Podia sentir lágrimas descendo enquanto soluços meio sufocados saiam.

- Vem cá...vamos deixar isso sair vai se sentir melhor. - Ele me abraçou, foi quando meu choro intensificou.. não era o meu Chris...não era o meu Alfa, não eram os abraços fortes e quentes dele, não era os mesmo olhos azuis...sentia meu peito doendo enquanto a ligação que nos unia tentava ser manter.

O AlfaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora