Capítulo 2.

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Christopher.

Foi uma péssima idéia, esse jantar ridículo para negociar uma divida de quase um bilhão de reais. Poderia estar fazendo qualquer coisa, mas não, eu tive que dizer sim...As coisas que eu faço pelos meus pais.

Por mim, os Dantas poderiam terminar falir sem envolver minha família nisso. Não me importa o dinheiro, faturamos muito mais do que isso durante um mês, não preciso dos restos deles...muito menos quero. O pior é aguentar as filhas de Rafael, pela Deusa, como mulheres de vinte e quatro e de vinte e seis anos podem ser tão infantis como Alicia e Victoria..nem mesmo a minha sobrinha de dois anos é tão irritante.

— Bem, não viemos aqui somente pela comida...como vamos resolver essa situação ? - Minha mãe pergunta, ela possivelmente já está cansada dos falsos elogios de Michele.

— Amélia, querida.. esse assunto poderia ficar para mas tarde ?

— Não, não pode, sinto muito Senhora Dantas mas trabalho amanhã..quanto mais cedo resolvemos isso melhor - O olhar de raiva não surpreende, nem o sorriso falso depois dele.

— É claro, vamos até a sala. - Rafael sai às pressas, já estou ficando irritado com essa enrolação.

——————

— Essa definitivamente foi de longe a pior coisa que escutei nessa noite. Estão realmente cogitando a idéia de um casamento arranjado....Pela Deusa, o que os fez pensar que eu aceitaria essa idéia.

— Christopher, meu rapaz, nossas famílias se conhecem a anos os Dantas e os Cross são uma força a ser considerada caso fiquem juntos. Uma só matilha vai nos favorecer. - Favorecer você, seu velho ganancioso.

— E com quem eu casaria ?.- Bufo.. não nem pensar.

— Bem, Alicia ou Victoria... você poderia escolher. - Escolher ? Não tenho opção nenhuma.

— Eu não sou contra. - A voz aguda e melosa de Alicia chama a atenção...prefiro morrer.

— Nem eu. - Victoria sorri maliciosa para mim.

— Não, eu me recuso a me casar com uma delas...eu quero uma esposa, não uma sanguessuga.

— Como ousa chamar minhas filhas assim, está na minha casa.

— Escute bem, Michele, eu vou esquecer que isso aconteceu e voltar a repetir que não vou casar com uma delas, essa é a minha resposta final, boa noite.- Saio sem dar chance as ameças dela.

Porra, porque essa casa tem que ser tão cheia de portas...não acho a maldita saída desse inferno, me casar com uma daquelas mimadas é assinar sentença de morte, estou praticamente dando tudo que tenho a uma delas.
Meu diálogo interno acaba quando algo bate contra meu peito, o cheiro de coco, mel e baunilha me deixam atordoado eles infestam meus sentidos. Por algum tempo tudo que posso ver são cabelos cheios de cachos castanhos, quando a uma imensidão chocolate olha diretamente para mim, por puro instinto puxo aquele pequeno corpo contra o meu.

— Droga, me desculpe...sinto muito moço..merda, desculpe. - Ela foge de meus braços, antes que possa voltar a raciocinar ela já sumiu em meio aos grandes corredores.

Minha...algo sussurra na minha mente, o tom é possessivo e protetor. Meu lobo também sentiu, ele a quer... e eu também.

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