Feitos um para o outro - Antony Bridgerton

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- O que é isso? - George perguntou notando a vermelhidão em meu colo.

- A abelha me picou! Por isso estávamos daquele jeito! Antony se desesperou! - eu tentava explicar pela terceira vez.

- Ora então tire o ferrão sozinha, precisava colocar a mão dele aí?

- George...- choraminguei. - Disse que não entregaria casamento se eu não amasse o rapaz....

- Não forçaria a se casar, mas depois daquilo? Acha que alguém vai querer se casar com você se souber que outro homem a tocou de forma inapropriada? Eu sei muito bem o que vi, e se demorasse mais um pouco, vocês se beijariam! - Apertei o maxilar tentando engolir a vontade de chorar e gritar, ao entrarmos na casa, Benedict sorriu ao me ver.

- Ei! Finalmente te achei, quer pintar alguma coisa? - perguntou se aproximando, mas ficou sério ao ver minha expressão. - O que houve?

- O que houve é que seu irmão estava a tocando de forma inapropriada, pode começar a chama-la de cunhada, porque o casamento acontecerá, eles querendo ou não! 

- Nossa...- Benedict olhou para nós dois. - Que tal tomar um chá para acalmar, George? Tenho certeza que Antony assumirá a responsabilidade. - ele ofereceu, e meu irmão bebeu em apenas um gole.

- E você, não ande por aí sozinha. - ele disse antes de me deixar ali, esperei George virar o corredor para falar algo a Benedict.

- Não foi exatamente o que ele disse, uma abelha me picou e Antony ficou desesperado, quase uma crise de pânico, e...eu coloquei a mão dele aqui. - coloquei minha mão sob o peito. - para sentir meu coração calmo, para ver que eu estava bem.

- A abelha sempre mudando o rumo dos Bridgertons....- ele suspirou esfregando a testa. - Eu não tenho como te ajudar, principalmente porque quem viu foi seu irmão, se tivesse sido eu, era só não dizer nada, mas....não tem nada a fazer, viscondessa. - ele sorriu malicioso com a brincadeira, levantei o dedo do meio e ele riu empurrando minha mão para baixo.

- Então é assim, eu aceito meu destino? - começamos a andar para fora novamente.

- Sim, e depois vá a modista buscando por um vestido novo, avise a rainha sobre o matrimônio....

- Benedict...- fiz careta chorosa e me esperniei andando, queria me jogar da janela. - Que ódio, porque isso teve que acontecer....

- Quer uma palavra? - ele tocou meu ombro, o olhei esperando continuar. - A coisas que não podemos explicar, talvez o casamento tenha um propósito ainda maior.

- É, pode ser... - considerei, quando chegamos no início da escada, Antony começou a subir.

- Vocês vem comigo. - ele falou antes que descessemos. - Já contou a ele?

- Parabéns irmão, finalmente encontrou sua viscondessa.

- Não da forma que gostaria, mas receio que Stella será um bom exemplo para os meus irmãos mais novos, e devida viscondessa.

- Por que não tentou argumentar com George? E só concordou?! - perguntei quando voltavamos do lugar de onde havíamos saído, seguindo Antony.

- Não tinha como argumentar.

- Não tinha? Concordar comigo não era o suficiente? Antony...eu não tenho a menor intensão de casar com você...

- E nem eu tinha, mas agora é  por sua honra, é meu dever casar com você, e assim será feito. - ele abriu a porta do escritório. - Benedict, você é a testemunha. - ele mostrou a aliança de noivado.

- Porque você está com o rosto vermelho? - perguntou.

- George o bateu. - expliquei segurando o riso, ao contrário de Benedict, que gargalhou até demais.