chegada inesperada

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No dia seguinte Antony e eu acordamos juntos, e também descemos juntos para o café da manhã, ele se despediu de mim com um beijo na bochecha e subiu para o escritório. Quando voltei da caminhada matinal no jardim - que fazia com Hycinth, e as vezes na companhia de George e Francesca. - a governanta me chamou.

- Pois não? - sorri me aproximando.

- Chegaram algumas correspondência, uma delas do primo do visconde. - ela me mostrou a especial.

- Obrigada então! - peguei os papéis e me sentei para abri-los, alguns recibos de pagamento dos negócios que eram direcionados a Antony, e por fim a carta do primo.

Peguei todos aqueles e levei para o escritório.

- Está muito ocupado? Posso entrar? - perguntei colocando a cabeça para dentro.

- Estou meio ocupado ...- ele respondeu sem me olhar. - Mas entre, sempre arrumo tempo para minha viscondessa. - ao fechar a porta ele me olhou, esperando eu dizer.

- Recibos de pagamento e uma carta do seu primo.

- Primo? - entreguei, e me sentei na cadeira diante da mesa. - Ahh meu Deus...- ele reclamou lendo a carta. - Que merda...esse filho da puta!

- Que isso, Antony, calma, porque não gosta dele? - ri

- Ele é um idiota metido a besta, se acha o bonitão. - bufou. - Virá nós visitar e prevê sua chegada para dois dias.

- Ele fala quanto pretende ficar?

- Não...mas espero que não muito tempo. - ele jogou o papel na mesa  e me olhou. - E você, minha viscondessa vai recebê-lo.

- É meu papel, não é? - ele suspirou.

- Farei o máximo para que ele não te atormente muito. Vamos aproveitar da inutilidade de Benedict e Colin para aliviar seu fardo. - ri com a consideração.

- Bem, é isso então. Eu já vou.

- Ei. - ele chamou quando coloquei a mão na maçaneta, me virei. - Você está diferente, fiz alguma coisa que não gostou?

- Impressão sua, Antony. - sorri sem mostrar os dentes. - Nos vemos no almoço. - passei pela porta e a fechei, sentindo os olhos lacrimejarem.

Antony não tinha a obrigação de me amar, e eu estava sendo egoísta ao exigir isso dele.
Andei com a mão na frente da boca até a janela do corredor, e me forcei a engolir o choro, mas quando vi que não conseguiria, fui para o jardim, mais específicamente ao campo de tulipas brancas que tinham ali.
Sentei em um banquinho de madeira e dobrei as pernas, apoiando o queixo nos joelhos. Eu queria ser amada, queria que Antony me amasse como eu amo ele...

- Lágrimas derramadas sobre flores geram fadas.

- De onde tirou isso, George? - perguntei reconhecendo a voz, ele se sentou ao meu lado.

- Dos livros de fantasia de Hycinth. - uma pausa. - Está chorando porquê?

- Coisas, Greg, coisas...- respondi olhando para ele, com certeza era o mais gentil e atencioso dos irmãos. Gregory secou minhas lágrimas com o polegar.

- Não quer me dizer, mas posso ficar aqui? Te consolar e fazer companhia?

- Seria bom. - forcei um sorriso, o garoto se aproximou e segurou minha mão fria, vi ele alisar a aliança em meu dedo. - Você é meu favorito, Greg.

- Dos meninos ou de todos os irmãos?

- Não vá se gabar hum? Isso é só entre nós. - ele riu.

- Prometo.

Feitos um para o outro - Antony BridgertonOnde histórias criam vida. Descubra agora