INFINITE•Jikook Mpreg

🌈 Sérendipité 🌈

Boa leitura 💜

Quatro meses depois.

Dizem que os sonhos são uma das razões de nos mantermos vivos, pois, nós queremos realizá-los. Entre diversos sonhos, têm um ponto em comum. A sua realização não é fácil.

Park Jimin, um garoto de sonhos grandes, que muitos a sua volta diziam impossíveis.

"Se para franceses é difícil fazer parte da companhia de Ballet, quanto mais um estrangeiro?"

O garoto absorvia tudo o que ouvia e transformava em dor, raiva, uma vontade de mostrar que era capaz, que se fosse preciso ele seria um novo Rodolf Nureyev. Sempre que tocava meia noite, subia até o telhado do Garnier e dançava como se não houvesse amanhã. Via o sol nascer no alto, uma esperança de que a cada dia ele poderia fazer melhor, ser melhor.

Assistia e aprendia sobre a dança clássica ou as coreografias proeminentes de Rodolf Nureyev, talvez ele queria ser como ele.

Então, finalmente havia chegado o momento. O momento que sempre sonhou desde que pisou pela primeira vez no Garnier, o momento que ele prometeu alcançar quando passou pela primeira vez nas portas do Ballet School.

De mãos dada, ele caminhava pelo aeroporto de Incheon, se arrependia por um dia detestar aquele local, por achar que sua vida seria insignificante se passe por aí, mas muito pelo contrário, desde aquele momento sua vida ganhou um significado.

Estava em meio uma batalha entre o coração que pedia pelo homem que amava e o coração que pedia para não desperdiçar a oportunidade e realizar o seu sonho. A cada passo, suas mãos se apertavam mais entre as de JungKook, numa tentativa falha de manter aí, firme.

Ao seu lado, JungKook, estava em meio a sua luta entre o seu coração que pedia para não deixar o ômega escapar e a razão que o dizia que prender Jimin a sí, seria muito egoísta.

Nenhum dos dois compartilhava o que realmente se passava em suas mentes, durante esses quatros meses, o casal se afastou aos poucos, como se o pensamento de que se estivessem sempre juntos, a despedida inevitável seria mais dolorosa. Depois de voltarem para Seul, se viam poucas vezes.

JungKook se fechou em seu escritório por mais tempo que o normal, por isso, estava sempre ocupado. Por outro lado, Jimin, treinava intensamente a coreografia de Rodolf Nureyev que apresentaria no exame. Se desligaram do mundo, mas eles sabiam que estavam se desligando um ao outro.

Mais uma vez.

─ Obrigado! ─ JungKook sussurou.

Estavam esperando os seus nomes serem chamados, para partirem para Paris. E mais uma vez, aquele agradecimento camuflava palavras que enchiam dolosamente o peito do alfa. Ele queria ouvir os gritos estridentes do seu coração, mas desde que ele foi quebrando, a voz magoada e baixa da razão era sempre a ouvida.

Jimin o olhou receoso, aquelas palavras era a que ele mais ouvia desde que foi para Jeju, não sabia o real significado delas e isso o assustava demais. Negou várias vezes quando sentiu o aperto da mão de JungKook afrouxar. Ele apertou mais forte.

─ Diga o que queres dizer! ─ Jimin pensou alto. Ele sabia que o alfa estava escondendo coisas,ele via em seu olhar e ouvia os gritos do coração do mais velho. ─ Eu sei e você também sabe, JungKook. Diga a verdade!

O mais velho o olhou com os olhos marejando. O olhar triste denunciava o peso que carregava, mas sorriso que surgiu deixou o ômega confuso.

─ Eu amo demais você, Jimin! E isso me torna egoísta demais, mas eu não me importo. Eu não quero que você fique em Paris, eu quero e preciso que você volte comigo, para mim. ─ Suas lágrimas já transbordavam. ─ Nayeon-ssi, pediu para eu não impedir você de realizar o seu sonho, pediu para eu me afastar, mas eu não quero. Eu não penso se você ficará infeliz se eu pedir para você ficar, porque se você está comigo é o suficiente. Eu sou egoísta por pensar apenas em mim e eu não sinto peso por isso. ─ Confessou. ─ Porra! Eu não me importo, mas eu amo você, tudo em você e meu coração pedi para te manter junto a mim e a minha razão pedi para te dar liberdade de escolha,mas eu não quero que você escolha, eu quero ser a sua única opção. Mas eu não posso ─ sussurou a última fala. ─ Não posso fazer isso com você, meu pequeno, você não merece. Então, depois da sua audição, eu serei apenas eu e você apenas você e um nós que deixaremos o destino construir.