🌈 Entre les lignes 🌈

2K 211 10
                                    


Boa leitura 💜

    Adrian Quinault, era apenas uma criança quando tudo começou.

    Desde muito novo, Adrian cresceu como uma criança retraída, era filho único e não era muito social. Filho de pai parisiense e mãe suíça. Desde pequeno que ele era prendido nos estudos, o que se tornou um escape para os seus pensamentos involuntários e repetitivos.

    Quando completou sete anos, Adrian passou a presenciar a desestruturação no seu seio familiar. Seus pais sempre o diziam que ele não deveria se intrometer nos assuntos deles mesmo quando durante a noite ele ouvia seu pai machucando sua mãe e no dia seguinte, ele via os hematomas.

Principal causa de sua ansiedade infantil.

   Lena, sua mãe, era cuidadosa com o seu filhote, e depois da separação, o prendeu demais. O sufocando. Presenciava os choros sem explicação do filho, as reações inesperadas do filho em alguma situação normal do cotidiano, das mudanças de humor e esteve aí, toda vez que os filho acordou assustado durante a noite.

Mas algo a escapou.

O apego exagerado que o filho tinha nela.

Adrian não sabia se manter em pé, sozinho.

   Lena pensando em sí, achando ser o melhor para o filho, decidiu optar por uma terapia ocupacional, o inscrevendo no ballet school. Ela não viu, mas naquela mesma noite, o filhote alfa não dormiu, pensando repetitivamente que ele não conseguiria ficar em sua mãe, ele não aguentaria.

    E naquela mesma noite, os seus pensamentos involuntários, repetitivos, persistentes, voltaram. Ele sabia disso, mas não tinha como controlar.

Ele se tornou a sombra dos próprios impulsos.

   Meses depois, ele pisou no ballet school e a sensação de sufocamento tomou conta de sí quando viu sua mãe se afastando, ela estava feliz pelo filho, e o filho morrendo. Com apenas nove anos de idade, o garoto sentiu seu coração desacelerando, seu mundo girando e um abismo o absorvendo. Ele queria gritar por sua genitora, dizer que ele não conseguiria, mas simplesmente arranhou os próprios pulsos. Mas no meio daquilo tudo, um aroma de baunilha e hortelã fresca, preencheu suas narinas, era idêntico ao de sua mãe, e isso o trouxe segurança.

    Anos mais tarde, ele se tornou um excelente bailarino da escola, conquistou multidões com sua dança, encantou qualquer olhar que pousava em sí, mas havia um, que ele se esforçava para conseguir.

O ômega loiro.

Que virou seu objetivo, o dono do aroma que o transmitia segurança.

   ─ Oi, e...eu... sou Adrian! ─ Pela primeira vez desde que pisou naquele lugar, ele deu iniciativa para uma conversa. ─ Adrian Quinault! ─ o outro sorriu sereno.

   ─ Prazer, Adrian! Eu sou Jimin. Park Jimin. ─ O garoto de olhos azuis, sorriu nervoso.

   ─ Eu.. tenho catorze anos. ─ Jimin balançou a cabeça em negação. Porque o garoto estava todo nervoso? Mas Park, desde a primeira vez que viu o garoto afastado, ele o chamou atenção.

   ─ Eu tenho treze anos! ─ Respondeu simples. ─ Está com fome? ─ Adrian negou. ─ Coma! ─ Estendeu a lancheira intocada.

   ─ É que...

   ─ Se não comer, a nossa conversa acaba aqui. ─ O alfa assentiu.

   ─ Obrigado! E você?

   ─ Sem fome! Pode comer.

•••

Adrian não estava bem.

INFINITE•Jikook MpregOnde as histórias ganham vida. Descobre agora