|Shota Aizawa

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Esse imagine ficou com um "cheirinho" de continuação, né?

Enquanto estava fazendo essa fic eu pensei que talvez eu faça mais um do Aizawa voltado para como eles se conheceram.

Palavras: 854.

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Abro a porta com cuidado para que não faça barulho. O silêncio pelo apartamento já é algo rotineiro por conta de ser tão tarde da noite.

Ele já deve estar dormindo.

Tiro os sapatos e ando pela sala esbarrando em um saco de dormir amarelo, porém está vazio e sem o dono que tem tanto apreço por esse objeto.

Eu honestamente não sei como alguém consegue dormir nisso, nunca tive dificuldade em dormir nos lugares, no entanto, os sacos de dormir são abafados e cessão de tortura para quem tem claustrofobia.

E eu sou a pessoa que tem essa fobia.

Adquiri essa doença quando alguns vilões, há uns anos, sequestraram aleatoriamente alguns civis pela cidade e os mantiveram em uma casa subterrânea que mais se parecia um cubículo.

Tive o azar de ser uma das vítimas e passei horas horrorizada com a ideia de estar debaixo da terra, o local era abafado e imundo, para mim, aquilo poderia desabar e todos iriam morrer soterrados como se estivéssemos em um caixão.

Fiquei tão chocada com o ocorrido que nem notei quando fomos resgatados, só lembro de ter sido segurada por alguém e cabelos longos desalinhados de encontro com o meu rosto sujo. Fui me recuperar do trauma dois dias depois do sequestro e tive a surpresa ao ver um dos heróis dormindo em uma poltrona ao lado da minha cama, Eraser Head.

Um miado baixo me acorda das minhas recordações passadas, algo macio passa por entre as minhas pernas e ronrona. Drogon, o gato preto do meu marido, mia agora alto, provavelmente com fome.

—Ele dormiu e esqueceu de botar a sua comida, né?— acaricio a pelagem escura tão sedosa e recebo, como resposta, mais um miado de insatisfação.

Drogon me acompanha até a cozinha, o seu jeito indiferente é quase palpável, muito parecido com a personalidade de um certo alguém.

Pego o pote de ração e me agacho para colocar na vasilha com o nome do animal, ele come imediatamente e para quando sente a presença de algo.

—[S/n]?

Pulo de susto com a voz baixa e sonolenta, ponho minha mão no peito para tentar acalmar o meu coração agitado.

Aizawa me olha de cima com os cabelos arrepiados e com as olheiras bem marcadas em seu rosto, porém isso não tira o seu charme, longe disso, o corpo coberto apenas por uma calça moletom enfatiza as cicatrizes salientes nesse corpo levemente definido. Atraente.

—Que susto, Aizawa.

Outro miado, dessa vez com uma entoação diferente do gato preto e uma bola de pelo branca se enrola nos pés do homem a minha frente.

Uma cena fofa de se assistir.

—Você demorou.— ele segura a gata branca no colo e a põe em cima da bancada.

Drogon a acompanha e se aninha ao lado dela, uma confusão de pelos se misturam.

—Tive hora extra na empresa.— digo me levantando —Pode me esperar no quarto? Sei que tentou tentou me esperar, mas entendo que o sono fala mais alto que isso. Só irei tomar banho.

Aizawa resmunga algo ilegível e sai desleixado até o nosso quarto, o acompanho e tiro as minhas roupas entrando no banheiro. O contato da água gelada com o meu corpo me deixa relaxada e com uma imensa vontade de dormir aqui mesmo, debaixo desse chuveiro.

As imagens e o cheiro de hospital invadem o banheiro, naquele dia, quando acordei e me deparei com o herói adormecido, pensei que tinha acontecido algo sério comigo e eu surtei. Surtei por não ter sentido o meu corpo e, principalmente, por ter uma pessoa desconhecida no meu quarto.

O herói acordou em um sobressalto e olhou ao redor até me ver esparramada no chão, o olhar preocupado caiu sobre mim e as enfermeiras invadiram o quarto com o barulho. Tive que tomar um calmante e ouvir toda a explicação do Eraser Head que estava bastante entediado por estar forçado a estar ali.

A cena era bastante cômica, eu cairia na risada se não estivesse dopada. Ou talvez eu tivesse rido e nem tenha percebido.

E cá estou eu, tomando banho e com aquele herói indiferente me esperando na cama, herói esse que é meu marido, vale ressaltar.

Seco as últimas gotas do meu corpo e abro o guarda-roupa pegando uma blusa aleatória para dormir, me jogo na cama e me sou abraçada por um corpo maior que o meu. Um suspiro na minha cabeça parece satisfazer o homem e ele se aninha mais a mim.

—Não consigo mais dormir sem o seu cheiro.

Nos cubro com o cobertor e envolvo seu corpo nu, iria revidar a sua fala com alguma piadinha mas estou cansada demais e Aizawa dormiu o mais rápido possível.

A piada pode ficar para amanhã.

A sonolência vem lentamente e me deleito com a imagem do homem dormindo serenamente, sinceramente, é em momentos como esse que eu tenho a certeza de que a luta para conquistá-lo valeu à pena.

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