Bem-vindo ao mundo da imaginação e apreciação à personagens de diversos ANIMES! Nesse mundo que criei, você encontrará diversas situações e emoções, apreciem sem moderação.
*Conteúdo não recomendado para MENORES DE 18 ANOS*
*Nephilim= O termo Nefilim deriva do hebraico 'nefilím', que tem o sentido de 'desertores, caídos, derrubados'. Há nesta palavra uma referência constante a algo que sofreu uma queda ou que está perdido.
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Um único disparo.
Frio, direto e certeiro.
Respingos de sangue voram no rosto da [S/n]. A pessoa ao seu lado foi baleada e ela não teve coragem de olhar para saber quem é.
Mas o baque no chão e o corpo feminino entregaram de quem se trata. [S/n] sabia que o disparo acertou alguém, sabia quem é mas não conseguiu. Não conseguiu vê-la naquela situação.
O seu corpo continuva parado e os gritos já não eram mais ouvidos, tudo parecia desfocado e sem luz. Porque a sua luz tinha se apagado da forma mais trágica possível.
—Ei?
Uma voz ao fundo chama a atenção da mulher sentada na cama, ela volta o seu olhar para a sua parceira de anos, os cabelos curtos e o rosto sério nunca deixaram a sua amiga, embora recentemente ela tenha parecido estar mais em paz.
—Está me ouvindo?
—...Parei de escutar quando falou sobre as homenagens, desculpa.
—Tudo bem.— Mikasa suspira e senta na pequena cama em que a sua amiga de anos estar —Você... parece melhor
[S/n] gargalha alto, mais alto do que deveria e Mikasa se sentiu levemente assustada com a atitude da amiga. Porém, tenta se acostumar com isso, mesmo que tenha se passado tanto tempo que ela está ali naquela cama e sem reação alguma para a vida.
[S/n] Nephilim* era uma das melhores cadetes da tropa de exploração, quase foi considerada como uma das pessoas mais fortes do mundo ao lado do Levi Ackerman. No entanto, decaiu há um tempo quando viu o amor da sua vida morrer na sua frente.
Naquele dia a garota não soube reagir, Mikasa Ackerman tentou tirar ela do trauma mas não teve efeito algum.
Passaram-se dias, semanas, meses e a Nephilim continuava em estado de letargia, não respondia a ninguém e não reagia aos estímulos externos.
Ela tinha virado apenas uma carcaça com nome.
—É, se chama isso de estar "melhor", eu nem sei o que é estar bem.— diz [S/n] apontando para si mesma —Toda maldita noite eu escuto aquele maldito disparo, Mikasa. Isso não é estar melhor, mas, ao menos eu consegui sair do coma.
A Ackerman não sabe o que dizer, nunca foi muito boa com palavras ou expressar seriamente os seus sentimentos, mas ver que a sua amiga estar sendo a pessoa sarcástica como antes a deixa alegre.
—Desculpa, eu não quis ser grossa.— a mulher cruza as pernas na cama e chega ao lado da Ackerman, segurando uma das mãos da mesma —Eu estou genuinamente feliz que você está bem e seguindo a sua vida depois de tudo. E sim, eu vou para as homenagens de honra e blá, blá. Mas fique sabendo que se eu encontrar o Levi com aquela cara azeda dele, eu juro que chuto ele sendo debilitado ou não.
[S/n] força um sorriso, sentindo-se culpada por não ser totalmente verdadeira com a Mikasa.
•••
—Obrigada por ter vindo.— Mikasa segura firme o ombro da mulher de aparência abatida, quase irreconhecível.
—Tudo bem, eu precisava ter que sair daquele lugar algum dia né.
As pessoas começam a se amontoar perto dos muitos túmulos do lugar, umas choram e outras apenas ficam em silêncio em respeito pela pessoa enterrada ali.
Mais ao longe, [S/n] caminha com um pedaço de pão e carne entre os braços. Levi passa por ela e os dos acenam um para o outro em respeito e, principalmente, admiração.
Levi Ackerman foi um bom mentor da mulher e ela irá respeitá-lo até o dia da sua morte, mesmo que tenha uma imensa vontade de bater nele. Porém, tem medo que ele se levante daquela cadeira e bata nela até se cansar.
O túmulo sem cor está rodeado de plantas inconvenientes, a Nephilim arranca cada matinho e os joga para longe sem se importar com as mãos sujas.
—Você odiaria o seu túmulo.
O pedaço de carne e pão são postos na lápide, o nome nele faz a mulher se derramar em lágrimas finas e descontroladas.
A dor e a loucura não deixaram ela se despedir da amada, não conseguiu reagir para vê-la uma última vez. [S/n] preferia que Eren tivesse matado a todos do que fazer um "mundo melhor para os amigos", do que adianta um "mundo melhor" sem a presença da única pessoa que a fazia sentir-se viva?
—Se o Eren estiver aí, dê uma surra nele por mim, obrigada.— a garota se joga no chão, ao lado da lápide, e observa o céu repleto de nuvens em seus diversos formatos —Nós iríamos nos casar, lembra? Eu que pedi a sua mão em casamento antes de uma missão arriscada, você estava tão fofa quando eu fiz o pedido.
Um pequeno pássaro de tonalidade marrom pousa perto do pão, mordiscando pequenos pedaços do alimento.
—Deveríamos ter nos casado antes, eu teria ficado com uma parte sua comigo, seria chamada de Braus também. Não consigo viver sem você, sabe? Aparentemente eu enlouqueci, olha que legal.
A mulher sorrir zombeteira, como se tivesse se dado conta que está falando sozinha. Ela vira-se em direção ao pássaro e o acaricia delicadamente, sendo surpreendida por ele ter deixado ser tocado.
—Acho que você estaria decepcionada com as minhas atitudes, amor. Mas eu tenho que deixar você ir e talvez em outravida você seja a minha garota novamente.
