Ao voltar para os Estados Unidos, ansioso para publicar seu livro de romance, Hyunjin se hospeda na casa de uma moça, e ao conhecer o filho dela, Yang Jeongin, acaba se interessando um pouco demais pelo garotinho.
Depois da morte de sua mãe, Jeongi...
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Depois que terminei de tomar banho e troquei de roupa, resolvi ajeitar algumas de minhas coisas, começando pela minha pasta, que estava cheia de papéis e tudo desorganizado. Suspirei, olhando pela janela do quarto o céu não tão escuro.
Separei os papéis em cima da cama. Tinha documentos, outros com algumas coisas que escrevi e fotos. A maioria das coisas ali — tirando os documentos — eram desnecessárias. Sempre me perguntei qual era essa minha necessidade estranha de guardar tantas coisas, até mesmo coisas tão desnecessárias.
Sai de meus pensamentos quando ouvi batidas à porta, então levantei para abri-la.
— Oi, Hyuni — disse Jeongin, sorrindo amigável.
Assim que abri a porta, pude sentir o cheirinho adocicado — um cheiro de morangos, para ser mais exato — de seu perfume. Agora ele não usava mais uma saia, e sim um pijama branco com listras rosas. A calça parecia um pouco grande demais para si, assim como a blusa de mangas compridas. O cabelo dele estava penteado para trás, com uma espécie de tiara impedindo seus os fios caírem por seu belo rosto, que parecia ter sido esculpido por anjos, e talvez realmente tenha sido.
— Oi — eu sorri de volta. — Oh… Quer entrar?
Não sei ao certo o porquê, mas eu parecia esquecer todo o vocabulário inglês quando ele estava por perto. Sinto apenas vontade de me sentar ao seu lado e apreciar sua beleza tão única enquanto sinto o cheiro tão bom de seu perfume. Então me perguntei a que ponto cheguei, vinte e sete anos, vendo um pirralho dez anos mais novo que eu, me fazendo ficar como um adolescente também.
— Na verdade, vim chamá-lo para jantarmos. — Cruzou os braços. — Já são seis e meia. Por falar nisso, mamãe saiu muito cedo, o culto nem começa agora — o garoto pareceu pensativo.
— Talvez ela tenha ido resolver algo antes. Claro! Vamos jantar — saí do quarto, caminhando com ele até a cozinha.
— É… Talvez… — ele respondeu não muito alto. Eu caminhava à sua frente, mas eu logo virei ao ouvir um barulho.
— Oh! Caramba! Você está bem? — perguntei preocupado, segurando o garoto que quase havia caído escada a baixo — Se machucou?
— Não. Não se preocupe — sorriu, me empurrando com delicadeza, já que eu ainda estava o segurando. — Apenas tropecei em meus próprios pés. Sou um pouco desastrado demais — ele riu.
— Tem certeza? Não se machucou? — o olhei da cabeça aos pés, fazendo uma pequena análise.
— Uhum. Vamos logo, estou com fome! — Jeongin pegou minha mão, me puxando até a cozinha. — Suas mãos são grandes — disse, sorrindo um pouco e olhando para minha mão entrelaçada à sua.
— As suas também — eu sorri, soltando sua mão assim que chegamos à cozinha. — São até um pouco maiores que as minhas.
— Faz assim também, para poder vermos — ergueu sua mão e eu fiz o mesmo. Ele encostou sua palma na minha. — A minha é só um pouquinho maior, nem dá para perceber.