Ao voltar para os Estados Unidos, ansioso para publicar seu livro de romance, Hyunjin se hospeda na casa de uma moça, e ao conhecer o filho dela, Yang Jeongin, acaba se interessando um pouco demais pelo garotinho.
Depois da morte de sua mãe, Jeongi...
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Eu estava dirigindo há quase três horas. Jeongin estava comendo um salgadinho e o cheiro industrializado de churrasco ocupava o ambiente.
— Você não quer? — me ofereceu um pouco.
— Não, obrigado — nem o olhei para responder.
— Tem certeza? Você só tomou um café antes de virmos, precisa comer algo para não passar mal — insistiu. — Hum?
— Não estou com fome — dirigi em direção a um posto de gasolina.
Ele apenas me olhou sério e eu sorri para si, estacionando o carro no posto, atrás de um outro carro que enchia o tanque. A expressão dele não era uma das mais felizes.
— Tem dinheiro aí? — Jeongin perguntou de boca cheia.
— Para quê? — eu já pegava alguns dólares na minha carteira.
— Quero comprar refrigerante, oras — respondeu como se fosse óbvio.
— Toma. — Entreguei a ele. — Aproveita e compra cigarros para mim — sorri, o vendo revirar os olhos e abrir a porta.
Fiquei o observando. Ele estava descalço e com o cabelo todo bagunçado. O vento bateu em si, fazendo seus fios voarem, que ele logo tentou ajeitar, sem muito sucesso.
Assim que o carro saiu da minha frente, ocupei sua vaga. Quando terminou, paguei ao homem e agradeci, indo estacionar perto do posto, esperando por Jeongin. Vi ele se aproximar pelo retrovisor.
— Demorei? — o mais novo abriu a porta, sorrindo.
— Não — respondi e estendi minha mão, sentindo ele colocar alguns salgadinhos na mesma.
— O que foi? — perguntou ao me ver encará-lo desentendido.
— Cadê o que eu pedi?
— Não comprei — abriu a latinha de refrigerante. — E nem vou comprar — sorriu debochado. Depois tomou um pouco do refrigerante, se quiser.
— Eu mereço… — revirei os olhos, tirando meu cinto e desligando o carro. — E cadê o dinheiro?
— Ah, eu comprei doces e outras coisas que tinha lá — deu de ombros. — Você tem que comer, não usar essas coisas cancerígenas!
— O quê? Eu mandei você fazer isso, por acaso? — perguntei, meio exaltado.
— Não, mas eu fiz — respondeu tranquilamente. — Quer? — me ofereceu um doce.
Lancei um olhar mortal para si, saindo do carro em seguida. Comprei um maço de cigarro e voltei para o automóvel, vendo Yang me olhar bravo.
— Não vou cuidar de ninguém no hospital — levantou a perna, a deixando em cima do banco.
Não o respondi, apenas liguei o carro e dei partida novamente.
Depois de mais duas horas viajando, e nem paramos para comer, já que Jeongin entupia-se de doces e salgadinhos, e eu não me importava tanto em me alimentar, apenas seguimos em frente. O frio tinha passado mais e o sol até apareceu um pouquinho, deixando o dia mais bonito.