Ao voltar para os Estados Unidos, ansioso para publicar seu livro de romance, Hyunjin se hospeda na casa de uma moça, e ao conhecer o filho dela, Yang Jeongin, acaba se interessando um pouco demais pelo garotinho.
Depois da morte de sua mãe, Jeongi...
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Assim que acordei, me desesperei ao ver meus documentos e papéis espalhados pelo chão do quarto. Eu tinha me esquecido de guardá-los e acabei por dormir em cima deles. Me levantei no desespero, sentindo minha cabeça girar e minha visão escurecer. Levantar rapidamente não foi uma boa ideia.
— Mas que merda — murmurei sozinho, recolhendo os papéis espalhados.
Apenas juntei tudo e joguei dentro da pasta. Não adiantou de nada tirá-los da pasta no final das contas. Caminhei até o banheiro e escovei meus dentes. Depois, troquei de roupa, colocando uma blusa sem mangas e uma calça de tecido fino. Abri a porta do meu quarto, me deparando com Jeongin sentado na cadeira, clicando em teclas aleatórias da máquina de escrever.
— Ei! — exclamei, indo até ele, dando leves tapinhas em suas mãos. — Não faça isso! Está apenas estragado os papéis, e isso me custa dinheiro.
— Desculpe — ele sorriu, me fazendo derreter como manteiga em uma frigideira quente. — Você dorme muito, Hyuni. Já são dez horas! Bom dia! Dormiu bem? Acho que sim, não é? Sonhou com algo? — ele falava sem parar.
— Dez horas?! Bom dia! Sim. Não sonhei com nada — respondi todas as suas perguntas.
— Dez e dois agora — ele se levantou, me permitindo ter a bela visão de suas pernas e um pouco de suas coxas. Ele usava a mesma saia do dia anterior, porém ela parecia mais curta hoje. — Eu preparei algo para você, sente-se. — Me empurrou um pouco, fazendo com que eu caísse sentado na cadeira.
Antes mesmo que eu pudesse dizer algo, ele simplesmente saiu correndo em direção às escadas. Não demorou muito para que eu pudesse ouvir seus lentos passos subindo as escadas. Yang caminhava cuidadosamente, com uma bandeja em mãos.
— Eu fiz para você — sorriu, orgulhoso de si. — Ignore o fato de que eu comi metade de seu pudim, é que eu adoro pudim e você demorou muito, acabei não resistindo — ele falou baixinho, como se aquilo pudesse ser algum tipo de segredo, enquanto deixava a bandeja com comida em cima de meu colo.
— Você que fez para mim? — olhei para as comidas na bandeja, sentindo meu coração “aquecer”.
— Uhum — ele assentiu. — A filha da titia Aurora ficou doente, então ela não pode ficar aqui, mas ela pôs as roupas para lavar e pediu para que eu estendesse. Ela também deixou comida, é só esquentarmos — sorriu para mim, sentando-se na cadeira à minha frente.
— Você é fofo — eu sorri para ele, levando o pão com queijo até minha boca.
— Não sou! — ele cruzou os braços, e suas bochechas tinham um tom rosado. Ele também fez um bico e empinou o nariz, foi aí que eu me dei conta que ele era muito parecido – fisicamente – com sua mãe.
— Eu vou fingir que não é, então.
— Apenas coma, assim não terá tempo de dizer besteiras! — ele mostrou sua língua para mim, e eu ri de sua atitude infantil.
