Ao voltar para os Estados Unidos, ansioso para publicar seu livro de romance, Hyunjin se hospeda na casa de uma moça, e ao conhecer o filho dela, Yang Jeongin, acaba se interessando um pouco demais pelo garotinho.
Depois da morte de sua mãe, Jeongi...
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— Por aqui, nada mudou, aparentemente — murmurou Jeongin assim que chegamos na rua de sua casa.
— Realmente, parece que saímos ontem e voltamos hoje — olhei pelo retrovisor, pronto para estacionar com cuidado. — Mas também, não é como se tivesse muita coisa para mudar por aqui.
— É verdade — ele ajeitou seus óculos escuros, que era um modelo dos anos 80 e de bordas brancas. Combinava com ele.
Estacionei o carro e abri a porta, saindo junto ao menor. Ele passou a mão esquerda por seus fios lisos, olhou para mim e sorriu, abrindo a porta da parte de trás do automóvel e pegando algumas malas.
— Acho que no fundo, senti falta daqui.
Assenti, ajudando-o com as malas. As senhoras continuavam sentadas nas calçadas de suas casas, mas estava faltando uma. Eram quatro, mas agora havia apenas três. Yang as cumprimentou com um sorriso e acenou, antes de deixar uma das malas na porta.
— Onde está a senhora Lily? — perguntou a elas, pegando mais uma mala.
— Oh, querido, acabou falecendo dia desses — a que julgo ser a mais nova delas, disse. — Uma tristeza, ela vai fazer muita falta.
— Caramba… sinto muito — com uma certa dificuldade, ele tentava carregar duas malas ao mesmo tempo, quase caiu. — Lembro de que ela passou um tempo cuidando de mim quando eu era novinho. Era muito amiga da vovó também.
— Sim… Muito triste — lamentou.
Jeongin apenas concordou com a cabeça e abriu a porta, colocando as malas dentro de casa. Peguei umas bolsas que estavam nos bancos de trás e fechei o porta-malas.
Tentei ser simpático e acenei para as velhas senhorinhas, que me olharam com uma feição de nojo, me fazendo franzir o cenho. Megan as envenenou contra mim também?
— Hyuni! Vem me ajudar — o mais novo berrou de dentro da casa.
— Acho que elas não gostam de mim — suspirei, jogando as bolsas no sofá assim que entrei na residência.
— Elas quem? — se esticou para abrir as cortinas. — Tia Aurora realmente arrumou tudo, está tudo limpo e organizado, nem parece que passamos meses fora.
— Aquelas senhoras.
— Oh — riu, negando com a cabeça. — Não dê muita importância a elas — se aproximou, tirando os óculos.
Ri. — Está lindo.
— Você diz isso o tempo todo, até mesmo quando não estou.
— Entenda uma coisa — agarrei sua cintura. — você nunca fica ou está feio — selei seus lábios.
— Bobo!
Rimos antes de nos separarmos e começamos a ajeitar as coisas.
Jeongin era a pessoa que eu mais amava no mundo. Ele era minha vida, meu mundo, minha felicidade, meu tudo. Guardo todos os momentos ao lado dele num lugar especial em minha memória. Esse foi um dos momentos mais felizes com ele antes de tudo aquilo acontecer.
