Ao voltar para os Estados Unidos, ansioso para publicar seu livro de romance, Hyunjin se hospeda na casa de uma moça, e ao conhecer o filho dela, Yang Jeongin, acaba se interessando um pouco demais pelo garotinho.
Depois da morte de sua mãe, Jeongi...
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Jeongin estava sentado no sofá, com suas pernas cruzadas e terminando de comer o pedaço de bolo de chocolate. Eu estava sentado à sua frente, observando sua expressão tímida enquanto conversava com Jisung, que estava ao seu lado. Eles estavam sussurrando coisas um para o outro, rindo cúmplices. Às vezes Han me lançava um olhar sugestivo, olhando para o mais novo logo em seguida.
— Estão falando sobre você — escutei Minho, que estava sentado ao meu lado e segurando uma taça de vinho, dizer. Senti dois tapinhas em minhas costas. — Acho que mais especificamente sobre essas marcas no pescoço de Jeongin.
— Como pode ter certeza de que é sobre isso?
O escutei rir, dando de ombros. Olhei para Yang, que estava rindo. Jisung chegou mais perto de si e cochichou algo em seu ouvido, fazendo o garoto corar e rir sem graça, logo sussurrando algo para o outro.
— Pretende algo mais sério com ele? — perguntou, tomando um gole da bebida avermelhada.
— Já temos algo sério. — Olhei para o mais velho. — E você e meu primo? Vocês já estão juntos há sete anos.
O relacionamento de Jisung e Minho era algo de se admirar. Por mais que brigassem toda hora, todo minuto e todo segundo, eles se amavam muito e não aguentavam passar muito tempo longe um do outro. Na verdade, eles estavam juntos noventa e nove, vírgula, nove por cento das vezes.
Estavam juntos já tinha uns bons anos. E ainda me lembro das brigas que presenciei, sempre me davam vontade de rir. Geralmente Han brigava sozinho, porque ele é o surtado da relação e porque Minho tem muita paciência com ele. Repito: com ele. Minho, no geral, não é nada paciente.
— Também temos algo sério. Muito sério. Gostaria de poder casar com ele, mas você sabe bem como as coisas funcionam — suspirou. — Também tem meus pais… e tudo mais.
— Entendo. Realmente espero que o pensamento das pessoas em relações a pessoas do mesmo sexo estarem juntas mude — olhei rapidamente para Yang.
— Aos poucos está mudando. Não somos mais mortos só por causa disso, já é uma evolução, certo? Digo, não somos mais mortos pelo próprio governo por sermos quem somos — ele riu, bebendo mais o vinho. — Não sei para que tanta putaria, pessoas do mesmo sexo ficavam juntas antes mesmo de Jesus nascer, se é que ele realmente existiu, e se existiu, que perdoe minha dúvida sobre sua existência — riu sarcástico.
— Quem disse isso? — ri de sua expressão facial.
— Não lembro, apenas sei que é isso. — Encolheu os ombros, demonstrando indiferença.
Também dei de ombros. — Se eu morresse agora só pelo simples fato de ser apaixonado por Jeongin e namorá-lo, eu realmente morreria feliz.
— Se eu morresse agora, morreria insatisfeito com muita coisa, viu — pelo seu tom, ele parecia já estar sentindo o efeito de tanta bebida. — A única coisa boa que fiz hoje foi transar com Jisung. E nos últimos tempos, a única coisa boa em minha vida tem sido ele.
