Ao voltar para os Estados Unidos, ansioso para publicar seu livro de romance, Hyunjin se hospeda na casa de uma moça, e ao conhecer o filho dela, Yang Jeongin, acaba se interessando um pouco demais pelo garotinho.
Depois da morte de sua mãe, Jeongi...
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— Está pronto, querido? — perguntei assim que coloquei mais uma mala no porta-malas do carro.
— Hum… — Jeongin tirou o pirulito da boca, fazendo um barulhinho de “ploc”. Colocou o dedo indicador na própria bochecha e balançando a perna esquerda – ele sempre fazia isso quando estava pensando em algo –, sorriu. — Acho que sim — colocou o doce de framboesa de volta na boca.
Eu estava ansioso. Na verdade, ansiava muito por esse dia. O clima não estava tão ruim, aliás, estávamos no fim do inverno, então estava um pouco de frio, mas não tanto. Jeongin usava uma saia com estampa de flores, muito parecida com a que ele usava no dia em que nos conhecemos, juntamente a um par de sapatos pretos com meias brancas e um moletom cinza. Também usava uma tiara em seus fios — evitando que seu cabelo caisse sobre seu rosto —, que estavam muito bem alinhados. Seus lábios estavam ainda mais vermelhos por causa do corante do pirulito.
— Tem certeza? — indaguei, o vendo assentir.
Ele pôs o pirulito em uma de suas bochechas. — Estou levando roupas de frio, roupas para dias mais quentes, sapatos, tudo. Hyuni, estou levando um monte de malas, quase ocupou o carro todo, acha mesmo que ainda falta algo? — sua voz saiu meio estranha, por causa do pirulito na boca, mas deu para entender. Eu assenti, sorrindo. — Esperei tanto por isso — caminhou até mim, passando seus braços em volta de meu pescoço.
— Eu também — beijei sua testa. — Já que terminou, vamos?
Ignoramos o fato de todos da rua estarem olhando para nós uma expressão de nojo… é, nojo, e seguimos em frente. Abri a porta do carro para que Jeongin entrasse, o vendo me olhar e sorrir.
— Muito gentil, o senhor — disse ele enquanto entrava.
Apenas soltei uma risada nasal e dei a volta no carro, abrindo a porta e entrando.
— Estou ansioso — falou enquanto colocava o cinto.
— Também estou — liguei o carro. — Vai ser divertido — dei ré, para sairmos da rua. — E estou feliz também — antes de finalmente dar partida por estrada a fora, eu o olhei e sorri.
— Eu também estou, Hyuni — ele se inclinou, dando um beijo em minha bochecha e, pela quantidade de açúcar em seus lábios, o beijo foi meio grudento.
Virei minha cabeça em direção a estrada, dando — finalmente — partida. Eram oito e meia da manhã, resolvemos sair mais cedo porque achamos que seria melhor. Não tinha tanta gente na rua, concequentimente não haveria tanto trânsito.
Depois de um tempo dirigindo, Jeongin pediu para eu parar, pois segundo o mesmo, ele tinha algo para mim, apenas esqueceu-se por um momento.
— Ah! Eu tenho certeza de que coloquei aqui! — exclamou meio irritado. Seu corpo estava metade na parte de trás do carro e a outra metade na parte da frente.
